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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

SEM MACAS, AMBULÂNCIAS PARAM.

Os corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) estão superlotados. O problema recorrente intensificou-se no último fim de semana devido ao aumento no número de acidentes envolvendo motocicletas. A falta de leitos na maior unidade de atendimento médico de urgência e emergência do Rio Grande do Norte está afetando os trabalhos das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Natal e Região Metropolitana. Ontem, pelo menos nove macas estavam "presas" nos corredores do HMWG. Há um dado mais alarmante: as três ambulâncias UTIs do Samu Natal estão praticamente paradas por falta de macas. "Como estão sem as macas, as ambulâncias UTIs são usadas como apoio nos atendimentos das ambulâncias básicas", explicou o coordenador médico do Samu Natal, Ariano Oliveira.
Ontem à tarde, a TRIBUNA DO NORTE esteve no HMWG. Não fomos autorizados a entrar na unidade mas, do lado de fora, era possível perceber que os corredores estavam lotados. Duas ambulâncias do Samu Natal estavam no local aguardando a liberação de macas. "A gente está aqui, mas sabemos que as macas vão continuar presas. Desde sábado a situação piorou. As ambulâncias pararam por falta de macas. Quem sofre é a população", disse um técnico de enfermagem que preferiu não se identificar.
Segundo Ariano Oliveira, das 12 ambulâncias (nove básicas e três UTIs) do Samu Natal, apenas quatro estavam funcionando adequadamente. "Infelizmente essa não é a primeira vez que esse problema acontece. A rede de saúde não absorve mais a quantidade de pacientes, não há número de leitos suficientes e as macas ficam retidas nos hospitais", disse.
O problema não ocorre somente no Walfredo Gurgel. De acordo com o coordenador geral do Samu Metropolitano, Luiz Roberto da Fonseca, nos hospitais Santa Catarina (zona Norte de Natal) e Deoclécio Marques (Parnamirim) a situação é parecida. "Hoje [ontem] temos uma maca presa lá no Deoclécio. E já aconteceu no Santa Catarina também", explicou. O coordenador informou ainda que ocorre a "prisão" das macas devido à três fatores: "Estamos no período de festas de fim de ano e muitos médicos no interior do Estado não dão plantão; com isso, ocorre a migração dos pacientes para a capital. Soma-se a isso, o fato das cirurgias ortopédicas e cardiológicas nos hospitais conveniados estarem suspensas temporariamente. Por fim, há aumento no número de acidentes por causa do fluxo maior no trânsito, especialmente os motociclistas".
A situação, de acordo com Luiz Roberto, ficou pior na manhã do último domingo. Por causa da lotação dos hospitais de Natal e Parnamirim, todas as ambulâncias UTIs estavam paradas. "Entre 7h e meio dia, tivemos o ápice do caos. Felizmente, melhorou um pouco", disse. Ariano Oliveira afirmou que alguns atendimentos deixaram de ser realizados. "Por falta de maca, a ambulância não saiu. Alguns atendimentos em acidentes no trânsito, infelizmente, não foram feitos", disse o médico. "Vamos pedir ao Ministério Público para investigar esse caso. Como há esse recolhimento, muitas macas se perdem lá dentro do Walfredo Gurgel", explicou.

Fonte: Roberto Lucena

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