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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

EFEITO DILMA IMPULSIONA CANDIDATURAS FEMININAS NA ELEIÇÃO DE 2012. (1ª PARTE).

Entre ministras, deputadas, senadoras, esposas e filhas de políticos, ao menos 48 mulheres são cotadas para o comando de capitais.

Os nomes que devem disputar as eleições de 2012 ainda estão sendo definidos pelos partidos, mas ao menos 48 mulheres estão no páreo na corrida pelo comando de 22 das 26 capitais do País. Somente em João Pessoa, Curitiba, Recife e Campo Grande não há nomes femininos na disputa até o momento. "O número de mulheres deve superar o de 2008, ainda mais com a influência da presidenta Dilma Rousseff", diz a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos.
Em 2008, 29 candidatas concorreram em capitais brasileiras. No ano que vem, as eleições municipais poderão contar com a participação de ministras, senadoras, deputadas federais e estaduais, além de mulheres e filhas de políticos que consolidaram seus nomes nos principais colégios eleitorais do País.
Em 2008, duas mulheres foram eleitas prefeitas de capitais: Luizianne Lins (PT), reeleita em Fortaleza, e Micarla de Souza (PV), que concorrerá à reeleição em Natal. Em 2012, Micarla pode disputar com outras duas mulheres na cidade: a deputada estadual Gesane Marinho (PSD) e a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), que enfrenta acusações de fraude, mas segue no páreo caso a sigla decida lançar candidatura própria.
No ano que vem, ao menos uma ministra do governo Dilma pode deixar a pasta para virar candidata. A ministra Iriny Lopes, da Secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, é cotada para disputar a Prefeitura de Vitória (ES) pelo PT, partido que comanda a administração municipal.
Já a ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos, anunciou que não será candidata do PT em Porto Alegre. Se fosse disputar, Rosário enfrentaria na capital gaúcha a deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB), que aparece na liderança em pesquisas de intenção de voto. "O grande aumento de participação é no Executivo (...) Já no Legislativo, tivemos um aumento residual. Isso revela os limites, a real face para a mulher ocupar espaço de poder", disse Manuela ao iG.
Não é em todos os casos, contudo, que a influência de Dilma joga a favor de uma candidatura feminina. Depois da intervenção da presidenta, num esforço conjunto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora Marta Suplicy (PT) retirou-se da disputa pela Prefeitura de São Paulo. Mesmo com a desistência da petista, duas mulheres podem entrar na corrida eleitoral na capital paulista. Pelo PSB, a deputada federal Luiza Erundina pode ser lançada, caso o partido opte por candidatura própria. Além disso, o PPS lançou a pré-candidatura da ex-vereadora Soninha Francine, que em 2008 obteve 4,2% dos votos.
Negócio de família
Com ou sem experiência no Executivo e no Legislativo, mulheres e filhas de políticos de projeção nacional devem pegar carona no ativo eleitoral da família para disputar vagas na corrida de 2012 em diversas capitais. No Rio, o PR de Antony Garotinho articula chapa com o DEM para emplacar como candidata a vice-prefeita a deputada estadual Clarissa Garotinho, filha do ex-governador que já ocupou também uma cadeira na Câmara Municipal.
"O início do meu mandato como vereadora foi um momento difícil. Isso porque era mulher num ambiente predominantemente machista. Segundo, era a mais nova. Terceiro, tinha de provar que eu não estava ali só porque era filha dois ex-governadores", contou Clarissa ao iG. A chapa de Clarissa deverá enfrentar a vereadora Andréa Gouvêa (PSDB), que ameaçou deixar a sigla caso não fosse candidata e deverá disputar a prefeitura.
No Piauí, a mulher do senador Wellington Dias (PT-PI), a deputada estadual Rejane Dias, é cotada como pré-candidata do PT em Teresina. Ainda na capitau do Piauí, a mulher do governador Wilson Martins, a ex-deputada Lilia Martins, é uma opção do PSB caso o partido opte por candidatura própria. Herdeira da família Lyra, a vice-prefeita Lourdinha Lyra pode ser apresentada pelo PSD em Maceió, capital alagoana, caso o deputado federal João Lyra (ex-PP) não concorra.
Mulher do deputado federal Esperidião Amin, a ex-deputada Ângela Amin, pode concorrer em Florianópolis, capital catarinense, embora o PP não confirme a informação. Outra Ângela poderá ser candidata na cidade: Ângela Albino (PCdoB), terceira colocada nas pesquisas de intenção de voto.
Filha do senador licenciado pelo Tocantins, João Ribeiro, a deputada estadual Luana Ribeiro pode ser apresentada pelo PR em Palmas. O partido também poderá optar pelo nome da ex-prefeita e deputada federal Nilmar Ruiz. Na capital, o PMDB, partido que comanda a prefeitura, cogita a candidatura da ex-primeira-dama do Estado Dulce Miranda, mulher do ex-governador Marcelo Miranda. E o PDT estuda lançar a mulher do deputado Ângelo Agnolin, Edna Agnolin, a prefeita de Palmas.

Fonte: Último Segundo

LEIA AMANHÃ A 2ª PARTE DESTA MATÉRIA.

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