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terça-feira, 24 de novembro de 2020

DIRETOR DA MODERNA DIZ QUE VACINAÇÃO NÃO IMPEDE PROPAGAÇÃO DO CORONAVÍRUS

Sem dado sobre reduzir transmissão. “Não podemos mudar comportamento”.

O diretor médico da farmacêutica norte-americana Moderna, Tal Zaks, afirmou que ainda não há comprovação de que a vacina desenvolvida pela empresa contra a covid-19 seja capaz de evitar a propagação do novo coronavírus. Segundo ele, não há evidências de que o imunizante impede que uma pessoa transporte o vírus “temporariamente” e infecte outras pessoas que não foram vacinadas.

“Acho que precisamos ter cuidado, ao sermos vacinados, para não interpretar exageradamente os resultados”, disse Zaks em entrevista publicada pelo Axios nesta segunda-feira (23). “Quando começarmos a implantação desta vacina, não teremos dados concretos suficientes para provar que esta vacina reduz a transmissão”, completou.

Para o diretor médico da Moderna, as pessoas não devem “mudar comportamentos apenas com base na vacinação”. “Eu acredito que isso reduz a transmissão? Com certeza sim, e digo isso por causa da ciência. Mas, na ausência de provas, acho importante não mudarmos comportamentos apenas com base na vacinação”.

Em 16 de novembro, a Moderna, sediada em Massachusetts (EUA), anunciou que a vacina desenvolvida pela empresa tem 94,5% de eficácia na prevenção contra a covid-19. A divulgação foi feita com base em análise preliminar dos estudos da fase 3 de testagem da vacina, denominada mRNA-1273. Eis a íntegra (37 KB).

A taxa de eficácia representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado em comparação com o grupo não vacinado. Como os dados são provisórios, não foram publicados em revista científica.

Os testes envolvem 30.000 voluntários. A análise provisória da Moderna incluiu 95 participantes com casos confirmados de covid-19. Dentre eles, apenas 5 infecções ocorreram naqueles que receberam a vacina, que é administrada em duas doses com 28 dias de intervalo.

A Pfizer também anunciou que o imunizante que vem produzindo em parceria com a BioNTech tem alto percentual (90%) de eficácia contra o novo coronavírus, assim como a desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

Na entrevista ao Axios, Tal Zaks também anunciou que uma vacina contra covid-19 específica deve estar disponível para crianças até o fim do 1º semestre de 2021.

Fonte: Poder 360

Foto: Karl Tapales/Getty Images


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