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terça-feira, 11 de março de 2014

PMDB DA CÂMARA QUER REVER ALIANÇA COM PT E ANUNCIA "INDEPENDÊNCIA".

Deputados querem convenção nacional para decidir sobre rompimento. Reforma ministerial e alianças para eleição motivam crise política.

Após se reunir a portas fechadas nesta terça-feira (11), a bancada do PMDB na Câmara anunciou "independência" em relação ao governo e decidiu que apoiará a convocação da Executiva Nacional da legenda para "reavaliar" a atual aliança com o PT.
O PMDB, que detém a segunda maior bancada da Câmara (75 deputados) depois do PT (87), entrou em rota de colisão com o governo devido às divergências entre as duas siglas sobre as alianças regionais para a eleição deste ano e à demora para a conclusão da reforma ministerial – a presidente Dilma Rousseff resiste à reivindicação de ampliação do espaço do partido, que atualmente comanda cinco ministérios (Agricultura, Minas e Energia, Previdência, Turismo e Aviação Civil).
Documento lido durante a reunião dos deputados da legenda afirma que os parlamentares vão "exortar o partido a convocar sua Executiva para debater a atual crise política, com vistas a reavaliar a qualidade da aliança com o PT e adotar providências visando fortalecer o PMDB".
De acordo com o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), a posição foi apoiada pela maioria dos integrantes da sigla. "A bancada quer discutir a qualidade da aliança. Mas a decisão é da convenção nacional", disse Cunha.
Para a convocar a convenção, é necessário que pelo menos 11 diretórios regionais do PMDB assinem documento solicitando o encontro. Na reunião desta terça da bancada, deputados peemedebistas relataram que estão se articulando nos estados para colher assinaturas para fazer a convenção.
Eduardo Cunha disse que "discutir" não significa necessariamente romper com o PT, mas, de acordo com o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), "a maior parte da bancada – 80% – quer o rompimento".
“Não cabe à bancada decidir ou não [se a aliança deve continuar]. Esse debate passa pela Executiva Nacional e depois pela convenção nacional. O que a bancada quer é debater”, disse o líder do PMDB.
Independência
O documento aprovado pelos deputados peemedebistas diz que a bancada "reafirma sua intenção de se conduzir com independência, visando o melhor entendimento sobre as matérias, de acordo com a posição da maioria em cada votação”.
Com essa declaração aprovada pelos deputados, o PMDB deixa claro que não apoiará necessariamente projetos de interesse do governo. Em um primeiro sinal de “independência”, o partido decidiu apoiar a aprovação de convocações e convites para que ministros e autoridades do governo federal prestem explicações na Câmara.
De acordo com Cunha, o PMDB entrou em acordo para aprovar convite à presidente da Petrobras, Graça Foster, para que fale de denúncias de propina envolvendo a estatal.
O peemedebista afirmou ainda que apoiará a convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para que preste esclarecimentos sobre o programa Mais Médicos e o regime de contratação de médicos cubanos.

Fonte: Nathalia Passarinho/G1
Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

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