O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, suspeitos de acender e atirar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes, durante protesto no centro do Rio, na quinta-feira, 6, afirmou que manifestantes recebem dinheiro para participar dos atos. Ele confirmou que este é o caso de Caio. A manifestação foi contra o aumento da tarifa de ônibus na cidade do Rio.
Nunes quer que a polícia investigue de onde vem o dinheiro que seria recebido pelos manifestantes para participar dos atos. Segundo ele, um outro manifestante teria dito a Nunes que os protestos iam se intensificar — e que haveria pagamento para quem se dispusesse a participar.
“Investiguem determinados vereadores, determinados deputados estaduais [para saber] de onde sairia essa remuneração”, afirmou. “Existe um engendramento que fomenta e joga dinheiro nessas manifestações violentas. Isso deve ser investigado”, disse. O advogado informou, no entanto, que não vai usar essa informação na defesa dos dois jovens.
"Salário-manifestação"
Em entrevista para a Globonews, o advogado disse que os jovens pobres chegam a receber R$ 150 por manifestação. De acordo, ainda, com ele, ônibus iam buscar moradores de áreas pobres para participar dos protestos.
Nunes também disse que rojões, máscaras e dinheiro são entregues por quem alicia esses jovens e que seus clientes "tiveram a liberdade tomada por quem fomenta o terrorismo social". Tadeu Nunes afirmou que desconhece o nome de quem seria o responsável por aliciar os jovens e que seus clientes sabem apenas os apelidos deles.
Já em entrevista para a Rede Globo, na manhã desta quarta, 12, o advogado declarou que Souza é um "jovem miserável financeiramente, de baixo discernimento, de ideais de mudar o mundo", afirmou Tadeu. Ele também negou que Souza e Raposo sejam adeptos à tática Black Bloc.
Souza admitiu, em entrevista à Rede Globo, que acendeu o rojão que atingiu o cinegrafista no protesto. Ele afirmou, no entanto, que não tinha a intenção de atingir ninguém e que pensou que o artefato era um "cabeção de nego" [um artefato que funciona como uma bomba e que não é projetado com um rojão].
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Fonte: Alessandra Saraiva e Guilherme Serodio/http://www.valor.com.br/ , com Folhapress
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