Roberto Jefferson, um presidiário esperando para acontecer desde 15 de novembro de 2013, programou minuciosamente sua despedida da liberdade. Antes de trocar a casa confortável por uma cela, o delator do mensalão anunciou sua ausência aos internautas que o acompanham em seu blog:
“Até que a Justiça determine o meu status de preso, isto é, o que posso e o que não posso fazer, como escrever neste blog, por exemplo, a partir de hoje deixo vocês na companhia da minha equipe…”, escreveu. Para ele, a campanha eleitoral e a Copa do Mundo farão de 2014 um ano de “muitas e variadas surpresas''. Insinuou que buscará na lei brechas para retornar à internet de vez em quando: “…Vocês ficarão bem assistidos, não tenho dúvidas. Mas, tenham certeza de uma coisa: sempre que possível e dentro dos limites da lei, me comunicarei com vocês. Até breve.”
Antes de plugar-se ao computador, Jefferson aproveitou um pedaço do seu domingo para passear de moto pela cidade de Levy Gasparian, no interior do Rio, onde mora. “Estou desfrutando os momentos finais da minha liberdade”, disse aos repórteres que montavam guarda defronte de sua casa. “…Curtam a liberdade porque ela é o bem supremo da vida da gente.”
Jefferson foi o último dos condenados do mensalão a ser enviado a uma penitenciária. Indócil, o petismo dizia que a liberdade do delator do mensalão era apenas uma lamentável negligência do ministro Joaquim Barbosa, do STF. Discurso perigoso. Jefferson invocava problemas de saúde para requerer a prisão domiciliar. Em casa, o petista José Genoino pede a mesma coisa. Nos próximos dias, munido de perícias médicas, Barbosa decidirá o que fazer com Genoino.
Fonte: Josias de Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.