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sexta-feira, 26 de julho de 2013

MINISTRA VÊ "RAPOSAS FELPUDAS" NA POLÍTICA.

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, classificou de "projetos de fachada" as iniciativas do Congresso Nacional de combate à corrupção após a início das manifestações de rua.
"Não se muda uma situação de uma hora para a outra. Mesmo porque, uma semana depois das manifestações (os políticos) continuaram com práticas que não acham nada de mais. O mundo mudou e nossos políticos parecem que não viram o tempo passar, vivem ainda no século XX, quando existiam os currais eleitorais", declarou, numa referência às viagens em jatos da Força Aérea Brasileira (FAB) dos presidentes da Câmara dos Deputados Henrique Alves e do Senado Renan Calheiros, além de ministros do governo federal.
Ela fez palestra, na tarde de ontem, sobre corrupção, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).
Reforma - Segundo Eliana Calmon as "raposas felpudas, com muita experiência " do Congresso, mandaram de volta à presidente Dilma Rousseff a proposta de reforma política com plebiscito que ela propôs. Considera que, se aprovada, a reforma seria uma forma eficiente de "alavancar" as mudanças, mas considera "difícil" ocorrer, principalmente o financiamento de campanhas.
Eliana entende haver muita gente "querendo pegar carona" nos movimentos de rua. "Mas os meninos são sabidos, não querem se misturar com o movimento sindical e com o próprio PT, pois estão marcados", disse.
Ineficiência - A ministra avalia que o fato de o Tribunal de Justiça da Bahia ser o último colocado no programa Meta 18, do Conselho Nacional de Justiça - que registra o número de casos julgados de improbidade administrativa e corrupção é reflexo da ineficiência da corte. "Quando a gestão não vai bem, o resultado a gente vê na ponta, que é a produtividade. É por isso que o CNJ insiste tanto em gestão, porque quando o Tribunal está bem administrado fica mais fácil", declarou.
O Piauí, que era o último colocado no ranking até o início de julho, passou a Bahia, fato que era esperado por Eliana Calmon. "Sempre achei que o Piauí passaria, porque lá estão com vontade política de resolver a situação. Estão de mãos dadas com o CNJ. Aqui (na Bahia) eles resistem ao Conselho, tem o CNJ como inimigo, uma interferência indevida. Isso prejudica porque na medida que eles se afastam das instruções do CNJ, tende a piorar a gestão", disse.
Crítica - Recentemente, o presidente do TJ-BA, Mário Alberto Hirs declarou que "mente" quem chama o Tribunal baiano de ineficiente. Eliana entendeu que a crítica foi direcionada a ela e ao presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa que costumam apontar os problemas do TJ-BA.
"Teve um direcionamento (também) para todos os baianos porque a constatação de ineficiência é de todos os baianos, de toda a classe jurídica. Tem algum advogado que fale bem do Tribunal? Será que o ministro Joaquim Barbosa tem algum preconceito com a Bahia?", indagou. Em declarações ao jornal A TARDE, Hirs havia declarado sobre quem critica a suposta ineficiência do TJ-BA: "Reafirmo com todas as letras: é mentira. Dizer que a nossa Justiça é a pior do Brasil é uma falácia".

Fonte: Biaggio Talemto/Portal A Tarde
Foto: Fernando Amorim/Agênia A Tarde

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