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sexta-feira, 26 de julho de 2013

ALINHADOS A EDUARDO CAMPOS, INDÚSTRIAS DO NORDESTE PRESSIONAM GOVERNO.

Industriais compõem o movimento Integra Brasil, formado há pouco mais de um ano no Ceará e realizam encontro em Recife.

Reunidos em evento no Recife, representantes do setor produtivo nordestino mostraram hoje que estão afinados com o discurso do governador Eduardo Campos (PSB-PE), virtual candidato ao Planalto, para pressionar o governo federal por medidas de interesse da região.
Os industriais compõem o movimento Integra Brasil, formado há pouco mais de um ano no Ceará, e promoveram um encontro de trabalho na capital pernambucana, com a participação do governador. O slogan do evento, “O Brasil pode muito mais” é praticamente o mesmo que vem sendo citado por Campos em reuniões, entrevistas e nas propagandas partidárias do PSB. Questionado sobre a coincidência, o governador ironizou. “Você veja que esse não é um desejo só nosso. É um desejo de muita gente”, afirmou.
A presidente do Centro Industrial do Ceará e representante do Integra Brasil, Nicolle Barbosa, cobrou do governo federal a redução das desigualdades regionais e disse que o Brasil precisa de “novidade”. “Gosto de quem vai desenvolver o Brasil. Acredito que sim [PSB pode fazer isso]. Estamos precisando de novidade. Precisamos dar uma incrementada. Foi feito muito pouco para o Nordeste”, afirmou Barbosa, que disse não ser filiada a partido político.
A empresária disse também que é cedo afirmar que os industriais nordestinos vão apoiar Eduardo Campos, mas referiu-se a ele como “grande promessa” para 2014. Há previsão de encontros da entidade em outros Estados. Desses workshops deve sair um plano estratégico de ação política para ser entregue ao governo federal, ao Congresso e aos pré-candidatos à Presidência da República.
Além disso, os industriais pretendem, a partir de setembro, fiscalizar “grandes obras que não andam” –Barbosa citou como exemplos a transposição do rio São Francisco e a ferrovia Transnordestina. Campos também recebeu apoio do secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Alexandre Pereira, que disse ter ido ao evento para representar o governador Cid Gomes (PSB), que hoje tende a apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
“Parabéns. O senhor vai longe, com apoio nosso, do Nordeste”, disse no início de sua apresentação, ao destacar o desempenho de Campos na pesquisa Ibope divulgada ontem. O pernambucano aparece como governador mais bem avaliado no país, entre 11 pesquisados. Depois, quando questionado se sua declaração representava a opinião dos irmãos Cid e Ciro Gomes, Pereira disse que o apoio era dele, que preside o PPS no Ceará.
Oportunidade política
Eduardo Campos disse ver no momento uma boa “oportunidade política” para mudanças, em discurso marcado por expressões reformistas como “ir adiante” e “mudança de patamar”. “Além de um pacto federativo mais equilibrado, que responda ao que está sendo reivindicado, a gente precisa ter mais recursos para o investimento que será a mola propulsora do ciclo que queremos ver inaugurado”, afirmou o governador.
Ao falar aos industriais, Campos disse não estar fazendo “cabo-de-aço” com o governo federal. “Reconhecemos os avanços e queremos ir adiante, queremos mais. É importante desejar mais. O Brasil deseja mais”, disse. E defendeu que a agenda da indústria seja levada para o debate eleitoral do ano que vem.
“É muito importante que o debate sobre o futuro do Brasil seja feito não pela expressão de nomes ou de torcidas, mas pela expressão de um pensamento estratégico que nos guie a uma mudança de patamar”, afirmou. “Foi exatamente isso que não aconteceu nas eleições de 2010, onde o debate foi um dos mais pobres de que já temos notícia”, disse o governador.

Fonte: PF/Portal No Ar

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