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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

REGIÃO SUL PRECISA DE R$ 70 BILHÕES PARA RESOLVER PROBLEMAS LOGÍSTICOS.

R$ 70 bilhões é o valor necessário para corrigir atrasos históricos na infraestrutura de transportes da Região Sul do Brasil. O montante, detalhado em um estudo realizado pela consultoria Macrologística, sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é distribuído em 177 projetos capazes de destravar os nós logísticos da região. Entre as obras propostas, 51 são prioritárias e custariam cerca de R$ 15 bilhões, gerando uma economia anual de R$ 3,4 bilhões.
De acordo com o estudo, a região dos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, responsável por 17% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, precisa recuperar os gargalos na infraestrutura que podem travar o escoamento da produção para o mercado interno e para exportação dentro de alguns anos. Caso o investimento não seja feito, a estimativa é de que os custos logísticos aumentarão dos atuais R$ 30,6 bilhões para R$ 47,8 bilhões em 2020.
A pesquisa detalhou as cadeias produtivas dos segmentos agrícola, extrativista e industrial, incluindo 61 produtos que compõem 86% de tudo que circula na região. “O trabalho desse projeto tem conceito de visão sistêmica, de multimodalidade. Não adianta consertar o problema pontual de uma rodovia, por exemplo, se os portos estão defasados. Resolver os problemas de forma isolada é transferi-los para mais adiante”, afirma Olivier Girard, diretor da Macrologística e um dos responsáveis pelo trabalho.
A CNI, juntamente com as federações estaduais – FIERGS, FIEPR e FIESC –, apenas financiou o estudo. Começa agora a fase política de sensibilizar setores do governo na busca da realização dessas obras. Como as pesquisas do Sul Competitivo vinham sendo trabalhadas há mais de um ano, algumas das obras destacadas no estudo já fazem parte do Programa de Investimentos em Logística anunciado pelo Governo Federal. “Boa parte já está com fonte de financiamento definida, pois já estão no PAC ou em outros programas, mas daí para uma obra implementada é outra história. Precisamos garantir que as presentes no PAC sejam priorizadas, e as outras 30% a 40%, que não têm verba garantida, sejam analisadas”, ressalta Girard.
A proximidade dos três estados não é apenas física, mas cultural, econômica e industrial, segundo o presidente da FIEP, Edson Campagnolo. Para ele, não seria efetivo cada estado reivindicar as obras em separado. “Há muito mais facilidade de conseguir resultados ao se fazer uma ação integrada. Veio em um bom momento, em que o próprio governo buscava um estudo consistente para destinação investimentos não só do PAC, mas das novas concessões. Agora, os governos estaduais e federais estão bem embasados para fazer ou propiciar investimentos”, explica.
A importância de trabalhar as necessidades logísticas de forma intermodal também é destacada por Campagnolo. “Realmente este é um dos motes do projeto. É muito importante trabalharmos de forma unida as ferrovias, os portos e as rodovias. Temos que conectar a Paranaguá, um dos maiores portos do Brasil, mas ainda tem a possibilidade de outros investimentos, como Itapoá, São Francisco, Itajaí etc”, diz. Ele enfatiza a inclusão de países do Mercosul e outros estados nos impactos do Sul Competitivo.

Fonte: Obras EM"PAC"adas

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