O juiz eleitoral de Mossoró, responsável pela propaganda, José Herval Sampaio Júnior, ladeado pela promotora eleitoral Karine Crispim, fez uma blitz – surpresa – no Hospital Wilson Rosado.
O juiz eleitoral de Mossoró, responsável pela propaganda, José Herval Sampaio Júnior, ladeado pela promotora eleitoral Karine Crispim, fez uma blitz – surpresa – no Hospital Wilson Rosado.
A iniciativa das duas autoridades flagrou procedimento abusivo da direção do hospital, impondo constrangimento a seus empregados. O episódio foi ao final da tarde dessa sexta-feira (31).
Os empregados eram obrigados ao uso de camisas em tom “laranja”, associando seus serviços a um dos símbolos da candidata a prefeito pelo sistema governista, vereadora Cláudia Regina (DEM).
Um representante da direção do hospital contra-argumentou, que se tratava de algo normal , numa “empresa privada”. Juiz e promotor redarguiram.
Salientaram o óbvio: parte considerável da receita do Wilson Rosado deriva de rubrica pública.
Herval Júnior foi mais incisivo. Ponderou que não tomaria medida imediata a retirada do fardamento de propósito politiqueiro, em respeito à maioria dos funcionário, formada por mulheres.
Mas mesmo assim estabeleceu prazo curto de horas à alteração. A manutenção do abuso – disse – implicaria em sanção contra os directores, aliados do esquema governista.
Fartura
O Hospital Wilson Rosado não pode se queixar do sistema público de saúde nos últimos anos em Mossoró. Enquanto outros hospitais fecharam e quem sobrou vive em estado de insolvência, ele se agiganta.
Os privilégios são muitos, em face do alinhamento político com o esquema da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”.
Quer um exemplo escabroso?
O Wilson Rosado possui 20 leitos de UTI, mas 16 são reservados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Por uso ou não da totalidade dos 16 leitos, o hospital empalmou R$ 4 milhões e 430 mil no ano passado.
O SUS assegura repasse de R$ 473 ,72 por diária-SUS e a Prefeitura de Mossoró ainda dá um enxerto de mais R$ 291,22, totalizando R$ 770,00.
Nada demais. Nada mal, heim!?
O absurdo é que igual tratamento não ocorre, por exemplo, com a Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR), administrada por familiares adversários do esquema da prefeita Fafá.
Para lá, o sistema de saúde plena gerenciado pelo munícipio é mão fechada. Os repasses relativos aos 6 leitos de UTI da CSDR são apenas no valor repassado pelo Sus. E precisam ser ocupados, lógico. Paga R$ 473,72. Nada de adicional.
Há outro agravante entre outros: como Mossoró não tem uma Central de Regulação de Leito UTI, o próprio Wilson Rosado decide quem espicha ou não em suas 16 vagas. Vida e morte nas mãos de poucos.
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.