Ação é desdobramento da etapa deflagrada em abril
Segundo a PF, o objetivo é apreender bens ligados aos investigados para recompor o prejuízo causado aos cofres públicos. As ordens judiciais foram autorizadas pela 3ª Vara Federal de Sergipe.
A ação é um desdobramento da etapa deflagrada em abril pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em 13 estados e no Distrito Federal. A investigação aponta a atuação de associações de aposentados em parceria com lobistas, laranjas e servidores do INSS para aplicar os descontos fraudulentos.
Em Sergipe, duas entidades — a Associação de Proteção e Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas (APDAP Prev) e a AAPPS Universo — foram alvos da primeira fase da operação. Diretores das duas instituições foram presos. Elas repassaram valores milionários ao Instituto Guadalupe, apontado como operador financeiro do esquema.
O esquema
A fraude no INSS foi revelada pelo repórter Luiz Vassalo, cujas reportagens geraram investigações de auditores concursados da Controladoria-Geral da União (CGU) e agentes da Polícia Federal (PF).
Os casos surgiram em 2019, sob o governo de Jair Bolsonaro, e aumentaram exponencialmente quatro anos depois, sob o governo Lula. No total, 6 milhões de pessoas vinham sendo descontadas mensalmente em seu salário de aposentadoria, a maioria sem consentimento, comprometendo ao todo R$ 6,3 bilhões. Os descontos só foram alegadamente suspensos em abril de 2025.
O esquema levou ao afastamento de seis servidores, à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e à saída do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), após reunião com Lula.
Fonte: O Antagonista
Foto: João Souza
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