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terça-feira, 24 de junho de 2025

MESMO EM CRISE, CIDADES DO NORDESTE GASTAM MILHÕES COM FESTAS JUNINAS

O balão de São João vai subindo e, com ele, os cachês dos artistas que se apresentam durante as festas juninas em estados do Nordeste. Mas isso não parece ser um problema para cidades que, embora enfrentem situações de emergência, crise fiscal e até atrasos salariais, têm destinado cifras milionárias para a realização das festividades.

Nomes como Wesley Safadão chegam a receber R$ 1,1 milhão por noite. O cantor de forró lidera uma extensa lista de atrações que se aproximam dessa cifra, entre elas Luan Santana, Ana Castela, Simone Mendes, Alok, Leonardo, Zé Neto & Cristiano e César Menotti & Fabiano, só para citar alguns.

Na Bahia, Bom Jesus da Lapa — mesmo com decreto de emergência em vigor — investiu mais de R$ 2 milhões no São João deste ano.

Atrás apenas da capital Salvador, que destinou R$ 18,7 milhões à contratação de 160 atrações, Cruz das Almas é a cidade do interior baiano que mais gastará: R$ 9,5 milhões. Jequié e Irecê aparecem na sequência, com R$ 8,9 milhões e R$ 7,9 milhões, respectivamente.

Os dados constam em plataformas de monitoramento de despesas públicas criadas pelos Ministérios Públicos da Bahia, Pernambuco e do Rio Grande do Norte, que têm atuado para conter excessos.

No ranking das cidades que mais gastam com os festejos, aparecem diversos municípios em situação de emergência devido à seca, enchentes ou colapso financeiro. É o caso de Senhor do Bonfim, Quijingue, Livramento de Nossa Senhora e Tucano. Este último destinou R$ 4,2 milhões para o São João, sendo R$ 625 mil apenas para a dupla Matheus & Kauan. A cidade enfrenta sérios problemas de caixa e editou medidas de contenção de despesas, como a suspensão de pagamentos de diárias e gratificações ao funcionalismo.

Em Quijingue, que também sofre com os efeitos da seca, foi decretada emergência financeira no início deste ano. O 13º salário de 2024 não foi pago, e a dívida ficou a cargo da atual gestão, que ainda não apresentou solução. Mesmo assim, o município destinou R$ 5,2 milhões — o equivalente a 40% dos gastos com saúde — para a contratação de 26 atrações.

Fonte: Portal Potiguar

Imagem: Portal da Indústria

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