De acordo com levantamento, alguns estados tiveram até dois meses de atraso na divulgação de infecções, o que prejudicou controle da pandemia.
No início da pandemia, as Secretarias Estaduais e Municipais não estavam preparadas para o volume de casos de Covid-19. Assim, houve uma demora entre a testagem do paciente contaminado e a divulgação do resulado. Isso é o que revela um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com a pesquisa, alguns dados só foram conhecidos quase dois meses após a notificação, o que prejudicou a tomada de decisões de prefeitos e governadores. Medidas de isolamento ou de flexibilização poderiam ter sido adotadas antes com esse ajuste dos dados.
A demora foi maior em cinco estados, sendo eles Rio de Janeiro, Amapá, Maranhão, Paraíba e Rondônia, onde 50 dias se passaram desde a chegada do paciente às unidades de saúde até a divulgação do resultado do teste para coronavírus. Esse prazo foi bem acima da média nacional, que é de 17 dias.
"Agora, com o aumento do número de testes e com o aperfeiçoamento das equipes de vigilância epidemiológica, a gente tem notado, no dado divulgado, uma situação muito mais próxima do que realmente tá acontecendo", disse Diego Xavier, pesquisador da Fiocruz.
Uma das causas para essa diferença foi a falta de testes no início da pandemia. O pesquisador afirma que é preciso um esforço para que os dados reflitam a realidade com maior rapidez. "Quanto mais a gente investir em informação, em sistemas de informação de saúde, mais a gente consegue capturar essa informação em tempo oportuno e construir políticas públicas adequadas", afirma Xavier.
Fonte: SBT
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