A Itália iniciou testes de uma possível vacina contra a Covid-19 em humanos nesta segunda-feira, juntando-se a um esforço global em busca de um imunizante capaz de frear a pandemia do coronavírus, que dá sinais de estar ressurgindo na Europa.
Os testes serão realizados em 90 voluntários nas próximas semanas. O Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital de Roma especializado em doenças infecciosas, ficará responspavel por esta etapa. A expectativa é que a vacina italiana, caso aprovada, esteja disponível até a primavera do país europeu, que se inicia em março de 2021.
Francesco Vaia, diretor de saúde do Spallanzani, disse à Reuters que o primeiro paciente será monitorado por quatro horas antes de poder voltar para casa, onde será mantido em observação durante 12 semanas.
— Veremos se ele apresenta algum efeito colateral e se produz anticorpos neutralizadores — disse Vaia, acrescentando que a segunda fase dos teste acontecerá em países com taxas de infecção mais altas, como México e Brasil.
A vacina em potencial, chamada GRAd-COV2, foi desenvolvida pela ReiThera, uma empresa sediada em Roma. A região de Lazio, no entorno da capital italiana, informou em um comunicado que testes iniciais, inclusive em animais, deram resultados positivos.
Várias vacinas em potencial estão passando por testes em diversos países, como Índia, Reino Unido, Rússia e China, enquanto cientistas correm para desvendar os mistérios de um vírus que surgiu menos de um ano atrás.
— As mentes e pesquisas de nosso país estão a serviço do desafio global de derrotar a Covid — escreveu no Facebook o ministro da Saúde, Roberto Speranza, ao anunciar o início do teste.
A Itália, que soma mais de 35 mil mortes e é uma das nações europeias mais atingidas pelo vírus, viu a epidemia atingir seu pico entre março e abril e depois aparentemente recuar. Atualmente, porém, vem testemunhando nova disparada de casos novos – mais de mil foram registrados no sábado e no domingo.
Outros países da Europa registraram aumentos ainda maiores após o relaxamento das restrições severas e das medidas de distanciamento social impostas no começo do ano.
Fonte: Extra/Reuters
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