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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

"SE FOR NECESSÁRIO PRENDER 100 MIL, QUAL O PROBLEMA/", DIZ EDUARDO BOLSONARO.

O deputado federal e líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro, de 34 anos, devia acompanhar o pai, o presidente eleito Jair Bolsonaro, em sua primeira visita ao Supremo Tribunal Federal (STF). Era manhã de quarta-feira. O apartamento funcional ainda guardava as marcas na mesa da primeira reunião da equipe de transição ocorrida na noite anterior.
Reeleito com 1,8 milhão de votos em São Paulo – o mais bem votado da história da Câmara -, o filho do presidente defendeu a tipificação como terrorismo dos atos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) um dia depois do futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, mostrar sua discordância sobre o tema. “Se fosse necessário prender 100 mil pessoas, qual o problema nisso?” Também disse querer criminalizar o comunismo no País, a exemplo da Polônia, da Ucrânia e da Indonésia.
Eduardo Bolsonaro defende idade mínima para a aposentadoria diferente entre trabalhadores braçais e de escritório. E quer aprovar o projeto Escola Sem Partido, além de propor uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Não descarta ser candidato a prefeito ou governador de São Paulo.
Enquanto comia meio mamão e bebia uma taça de café com leite, o deputado contava que almeja criar um Foro de São Paulo da direita. Surfista e espécie de secretário de relações internacionais do pai, a onda conservadora que saiu das urnas em outubro tem em Eduardo um de seus principais arautos. No Congresso, o filho do presidente eleito quer diálogo com o PP, o MDB e o PSDB. Eis sua entrevista.
A indicação de Sérgio Moro para Pasta da Justiça não dá munição ao PT para o discurso de que Lula foi perseguido?
Não vejo nenhuma uma perseguição ao PT. Ele condenou gente de todos os partidos. Nós não temos essa preocupação, pois eles sempre vão criticar. A crítica fundada ou infundada vai sempre ser constante. Moro virou símbolo de combate à corrupção. Ele tem curso em Harvard, é juiz de carreira – o que está de acordo com a proposta de Jair Bolsonaro de que nomearia pessoas técnicas para os ministérios. Então, não tem nada de errado. Se sair pela rua perguntando se o Moro tem todas as qualificações para ser ministro da Justiça, a maioria vai dizer que sim. Até porque ninguém vai saber quem foram os últimos ministros.
O senhor disse que era preciso um presidente da Câmara com perfil de trator. O governo não quer negociar com a oposição?
Negativo. A oposição é saudável. O que não é saudável é você tentar a todo custo derrubar um governo só para que os seus correligionários cheguem ao poder. A gente sabe que o que vai ocorrer não é uma oposição responsável. É uma oposição a todo custo.
O senhor acha que já vem pedido de impeachment em janeiro?
Eu não duvido. Quantos impeachments o PT propôs contra FHC? Pelo menos uma dúzia. Com ou sem fundamento, vai ser a conduta deles. Então, com esse tipo de oposição, no qual se enquadram, principalmente o PT, o PCdoB e o PSOL, não existe espaço para dialogar. Como eu vou dialogar com o MST invadindo terras? Não tem como. Agora, com assentado de reforma agrária que quer produzir tem como conversar. Agora, com todos os demais – PSDB, MDB, PP – não tem problema não.
Essa negociação incluiria as eleições das presidência do Senado e da Câmara?
Sim.
É possível a manutenção de Rodrigo Maia?
O perfil dele é muito articulador. Maia dialoga com todo mundo. É óbvio que eu, pessoalmente, tenho a preferência por outros candidatos.
O capitão Augusto (PR-SP)?
Eu dei uma entrevista e elogiei ele. Tem perfis que eu gosto: o João Campos (PRB-GO) e o Alceu Moreira (MDB-RS). Eu acho que esses três nomes seriam os que mais estão circulando e, por fora, também, tem o Giacobo (PR-PR). Eles têm de trabalhar dentro dos partidos deles e com os líderes para ver qual o nome será viável.
O mesmo vale para o MDB no Senado? Renan é um nome?
O Renan é um pouco mais complicado. Ele segurou a redução da maioridade penal e é favorável ao desarmamento. São ideias frontalmente contrárias a nós, sem contar que ele foi o autor do projeto de nova lei de abuso de autoridade, que ficou conhecida na sociedade como uma lei para brecar a Lava Jato. Esse perfil é impossível obter nosso apoio no Senado.
O governador de São Paulo, João Doria, pode obter o apoio do PSL?
Vai depender das propostas dele. Naquilo que for bom sim, naquilo que for contrário não.
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Fonte: Estadão Conteúdo/IstoÉ
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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