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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

MILITANTES PEDETISTAS CRITICAM "SUICÍDIO PETISTA".

Em debate promovido pelo 'Estado', apoiadores de Ciro Gomes nas eleições 2018 demonstram mágoa em relação ao PT e não poupam críticas ao movimento da legenda que manteve o PSB na neutralidade.

No sexto debate promovido pelo Estado com os militantes dos partidos políticos que disputam o Palácio do Planalto nas eleições 2018, os integrantes do PDT, sigla do presidenciável Ciro Gomes, demonstraram mágoa em relação ao PT e não pouparam críticas ao comportamento “suicida” do partido – além de chamarem o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad de “poste”.
O grupo tem um alívio: não ter a companhia do Centrão, que foi objeto de cobiça de Ciro. A figura da ruralista Kátia Abreu, vice na chapa de Ciro, foi exaltada. Os pedetistas a comparam com a do ex-senador Teotônio Vilela, que embora de origem liberal lutou ao lado da oposição contra a ditadura.
Um grupo de seis homens e uma mulher, com idades entre 21 e 65 anos, recebeu a reportagem na sede paulista do partido, instalada em uma casa no Ibirapuera.
As feriadas abertas pelo movimento petista que manteve o PSB na neutralidade e isolou a candidatura de Ciro Gomes ainda ressoam entre os pedetistas. O presidente do PDT municipal, e candidato ao Senado, Antônio Neto, disse que a “estratégia do PT “causou estranheza”. “Hoje o PT tem uma chapa com três pessoas e ninguém sabe o papel que cada um desempenha. Haddad, o provável candidato à Presidência, não tem expressão nenhuma no País. Não chega a 10% (das intenções de voto)”, disse Neto. “Essa confusão com a candidatura Lula é um suicídio. O candidato é o poste do Lula. Queremos alguém com luz própria. Não um poste.”
Para André Duarte, de 44 anos, da secretária-geral do PDT, a atitude do PT foi de autopreservação. “O PT perdeu várias prefeituras. O Ciro estava se destacando e o PDT virando referência. O PT teve medo de perder sua característica hegemônica”, disse.
A ex-pré-candidata do PCdoB e hoje componente da chapa “triplex petista”, Manuela d’Ávila, também não foi poupada. “Manuela lutou muito para ter um papel de destaque e agora está nesse papel vergonhoso. Eu estaria envergonhada”, afirmou a Gleydes Sodré, candidata a vice na chapa do PDT ao governo do Estado.
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Fonte: Pedro Venceslau e Gilberto Amendola/O Estado de São Paulo
Foto: Léo Martins/Estadão

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