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sábado, 2 de setembro de 2017

PRESIDENTE DO CONSELHO DE MEDICINA VETERINÁRIA CONTRADIZ RECOMENDAÇÃO DA ENTIDADE SOBRE VAQUEJADA.

Benedito Fortes, presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, declarou não existirem maus tratos aos animais em vaquejadas do ponto de vista técnico e científico.
Em um evento em Fortaleza no início de agosto, disse:
— Do ponto de vista técnico e científico, não existem maus tratos, não existem lesões, tanto quanto outras atividades (sic) que são cadastradas dentro do poder público e que devem ser realizadas de maneira efetiva e corriqueiramente, como é o caso da própria vacinação contra a febre aftosa.
A declaração foi dada após a apresentação de uma pesquisa sobre o assunto. Fortes disse que ela traria subsídios científicos para os presentes irem juntos ao STF, STJ, Câmara e Senado. A vaquejada hoje é questionada no STF.
Ele diz ainda ser necessário o conhecimento científico para não se colocar em posição caudatária de pessoas que vivem para "proteger o animal e passam até a humanizar o animal, colocando o homem em segundo plano".
O problema é que o Conselho que ele preside é contra as vaquejadas. Em um texto publicado no site da entidade, aponta-se "intrínsica relação" entre a prática e maus-tratos.
Procurado, Benedito Fortes esclareceu por meio de sua assessoria que o comentário faz referência à "apresentações técnico científicas que demonstraram que a vaquejada promoveria menos estresse do que a vacinação". E que nada foi dito a respeito de maus-tratos.

Fonte: Juliana Braga - Lauro Jardim/O Globo

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