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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

COMANDANTE DIZ QUE EXÉRCITO NÃO PUNIRÁ GENERAL QUE DEFENDEU INTERVENÇÃO MILITAR.

O comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, disse que não haverá punição ao general Antonio Hamilton Martins Mourão, secretário de economia e finanças da corporação, pelas declarações em que sugere a possibilidade de intervenção militar no país. Em palestra numa loja maçônica de Brasília na sexta-feira (15), Mourão respondeu a uma pergunta sobre a eventualidade de uma intervenção militar constitucional. Na resposta, ele disse que os militares poderão ter de "impor isso [intervenção]" e que essa "imposição não será fácil". "Esta questão está resolvida internamente. Punição não vai haver. A maneira como Mourão se expressou deu margem a interpretações amplas, mas ele inicia a fala dizendo que segue as diretrizes do comandante. E o comando segue as diretrizes de promover a estabilidade, baseada na legalidade e preservar a legitimidade das instituições", disse Villas Bôas em entrevista ao programa "Conversa com Bial", da TV Globo, na madrugada desta quarta-feira (20). Questionado sobre se, com a declaração, Mourão não teria quebrado a hierarquia militar, Villas Bôas disse que entre as atribuições das Forças Armadas está aplicar a lei e a ordem para defesa da pátria e das instituições, o que só poderá ocorrer por requisição de um dos poderes ou na iminência de um caos. "Quando ele fala de aproximações sucessivas, ele fala também das eleições que se aproximam [em 2018]. É preciso ver o ambiente em que ele estava. Ele não fala pelo alto comando", afirmou Villas Bôas. Villas Bôas citou ainda o Rio de Janeiro como exemplo de intervenção feita pelo Exército a pedido do Poder Executivo daquele Estado.
Sobre o período da ditadura militar (1964-1985), Villas Bôas disse ainda que é "necessário entender aquele momento nas circunstâncias que haviam ali." Para ele, o mundo, que vivia o período da Guerra Fria, passava por um período de "intensa polarização de pensamento, que levou a uma exigência da própria sociedade para que se fizesse uma intervenção". Para o general, o Brasil teria hoje instituições sólidas que "dispensam a tutela da sociedade".
Por outro lado, Villas Boas destacou o desenvolvimento econômico do país que houve no período. "Durante o governo militar o Brasil passou da 47ª para a 8ª maior economia do mundo", disse. "Nós tratamos de tirar todos os ensinamentos que a história nos proporcionou e hoje tratamos de aplicar para orientar o nosso caminho".

Fonte: UOL

Um comentário:

  1. O ilustre General Villas Bôas vai me desculpar, mas discordo complettamente de suas palavras..

    Na minha opinião, é sempre motivo de preocupação toda vez que um militar de alta patente do exército brasileiro fala em "intervenção militar".

    A última vez que isso aconteceu, o resultado foi drástico pra a nação brasileira. Com a subida ao Poder dos Militares em 1964, por meio de um Golpe de Estado, teve início a mais brutal de todas as ditaduras impostas na América Latina, que se estenderia por 21 anos, resultando em milhares de pessoas desaparecidas, torturadas, assassinadas, executadas sumariamente, entre elas, estudantes, operários, camponeses, intelectuais, artistas, etc.

    Foi um período de trevas para o país, com aumento substancial das desigualdades sociais, violenta repressão contra movimentos sociais que lutavam por justiça, aumento expressivo da dívida externa e corrupção generalizada, entre outras consequência promovidas pelo regime militar.

    Prefiro a morte, do que ver novamente o meu país sob a direção de um governo militar despótico. É utopia imaginar que uma intervenção militar neste momento possa restabelecer a democracia abalada pela instabilidade política que se agiganta, chega a ser ingênuo pensar assim!!! A democracia só se realiza de forma plena quando o povo está no comando. Governos militares resultam sempre em ditaduras, muitas delas sanguinárias.

    A história está repleta de tiranos... Idi Amin (Uganda), Slobodan Milosevic (Sérvia), Parvez Musharraf (Paquistão), Ben Ali (Tunísia), Mubarak (Egito), Costa e Silva (Brasil), Garrastazu Médici (Brasil), Mourão Filho (Brasil), entre tantos outros. A terra está impregnada de sangue inocente derramado pelas mãos e ordens desses crápulas.

    Se atualmente, governados por uma súcia de usurpadores, vivemos dias difíceis, com uma intervenção militar viveremos dias ainda mais difíceis e sombrios, marcados que poderão ser por intenso derramamento de sangue de inocentes, como costuma ocorrer sempre que a democracia é abatida pela tirania sanguinária de regimes totalitários sob o comando de déspotas castrenses.

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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.