Ao menos 30% dos residentes continuariam atendendo, afirmou associação.
Médicos residentes que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) paralisaram suas atividades nesta quinta-feira (24). Segundo a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), que organizou o movimento, pelo menos 30% dos residentes deveriam continuar com as atividades para garantir atendimento de emergência aos pacientes.
O G1 acompanhou atividades do "Dia da Valorização da Residência Médica" em ao menos oito estados Brasileiros: Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e Acre.
Entre as reivindicações dos residentes estão a fiscalização dos programas de residência do país para garantir sua qualidade, a suspensão de cortes orçamentários em serviços em que atuam médicos residentes, a criação de um plano de carreira para médicos preceptores (aqueles que supervisionam a atuação dos residentes), a criação de um plano de carreira nacional para médicos do SUS, o cumprimento da lei que garante auxílio moradia aos residentes, além de equiparação do valor da bolsa de residência com as bolsas de outros programas federais, como Mais Médicos e Provab.
O Ministério da Educação (MEC) afirmou, em nota que se reuniu com a ANMR na sexta-feira (18) e, na ocasião, agendou três reuniões para debater as reivindicações da associação: as duas primerias em outubro e a terceira em novembro. "O MEC também já apresentou à associação ponderações sobre cada um dos pontos reivindicados e associação concordou em analisar as considerações do MEC e de retomar os temas nas agendas estabelecidas", diz a nota divulgada pela pasta.
No Rio Grande do Sul, médicos residentes de sete cidades aderiram ao movimento: Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Rio Grande, Caxias do Sul, Santa Maria e Passo Fundo. A expectativa era que 22 hospitais fossem afetados.
Em São Paulo, aderiram à paralisação residentes de ao menos cinco cidades. Em Botucatu, 300 dos 400 residentes do Hospital das Clínicas pararam as atividades.Também cruzaram os braços 150 residentes da Faculdade de Medicina de Marília. Médicos residentes do Hospital Guilherme Álvaro, de Santos, também participaram. Taubaté e São José dos Campos tiveram 200 residentes aderindo ao movimento.
Na cidade do Rio de Janeiro, cerca de 200 médicos residentes interditaram ruas da zona sul em apoio ao movimento de paralisação.
No Espírito Santo, a paralisação afetou vários hospitais da Grande Vitória. Com cartazes e panfletos, os médicos se reuniram às 10h no Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), onde alguns doaram sangue, e seguiram para o Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes (Hucam), em passeata.
Em Minas Gerais, residentes de Montes Claros, no norte do estado, aderiram à paralização, assim como médicos residentes de Juiz de Fora, onde o movimento afetou o Hospital Universitário, o Hospital Geral e Maternidade Therezinha de Jesus, o Hospital João Penido, a Santa Casa de Misericórdia e também o Hospital Oncológico 9 de Julho.
No Sergipe, cerca de 180 médicos residentes de Aracaju paralisaram as atividades, afetando os hospitais Universitário, Cirurgia e de Urgência de Sergipe.
Em Pernambuco, médicos residentes só mantiveram serviços essenciais de oncologia, urgência e emergência no Recife.Cerca de 300 residentes participam do movimento.
No Acre, os 73 médicos residentes do estado aderiram à movimentação nacional e paralisaram as atividades.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar
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