Enquanto a segurança de um promotor sai por mais de R$ 70 mil, a do potiguar comum custa R$ 14,90.
Procuradores e promotores do Ministério Público do Rio Grande do Norte gozam de um privilégio há muito requerido pela população do Estado: cada um dos 240 membros da instituição tem um segurança para si, considerando as estatísticas levantadas pelo portalnoar.com. Enquanto isso, para cada 478 potiguares há um único policial militar.
Os dados indicam ainda uma diferença elevada nos custos dessa segurança. As despesas do MPRN nessa área somam R$ 16.839.470,45, rateados entre duas empresas contratadas para fornecer 198 seguranças particulares, aos quais se somam 43 policiais militares cedidos de outros órgãos da administração pública. Quando se fecha a conta, obtém-se 241 homens ligados à segurança do MPRN.
Por outro lado, o efetivo da Polícia Militar do Estado, que tem 3.373.959 de habitantes, conta hoje com pouco mais de 9.100 homens, dos quais dois mil não estão nas ruas. Quando se divide o número de policiais que fazem o patrulhamento (7.100) pela quantidade de potiguares, a conclusão é que para cada grupo de 478 norte-riograndenses há apenas um policial militar.
De acordo com os contratos ativos no mês de junho da Procuradoria Geral de Justiça, a empresa Behring Segurança Privada Ltda aparece como credora de R$ 15.067.096,40, distribuídos em dez dispositivos, entre contratos e seus aditivos.
A outra contratada para reforçar a segurança ministerial é ADS Segurança Privada, credora de R$ 1.772.374,05. Os valores representam mais da metade do que é gasto com mão de obra terceirizada no MPRN, que gasta nessa área mais de R$ 24 milhões anuais.
Os números projetam ainda outra estatística: a segurança de cada membro do MPRN custa R$ 70.164,46. Por outro lado, quando se divide o total mensal que o Estado gasta na folha da PM (R$ 50.278.511,05) pelo número de habitantes, a conclusão é que cada potiguar tem uma segurança de R$ 14,90. Assim, o custo da segurança de um promotor do MPRN é 4.700 vezes mais caro que o do cidadão comum.
A reportagem fez a mesma comparação entre MPRN e Poder Judiciário, que tem atuação territorial e administrativa equivalente à da Procuradoria Geral de Justiça. Enquanto no Ministério Público há gastos de mais de R$ 16 milhões, no Tribunal de Justiça, as despesas com segurança privada são de R$ 5.982.534,26, valor atribuído ao contrato com a empresa Prosegur Brasil SA, que fornece ao Poder Judiciário 144 vigilantes armados.
Quando se considera os custos individuais, cada membro da magistratura custa R$ 25.136,69. Ao todo, o Poder Judiciário tem 223 juízes e 15 desembargadores. O valor unitário é quase três vezes menor que os R$ 70.164,46 gasto por promotor no MPRN.
Fonte: http://portalnoar.com/
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