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quarta-feira, 23 de julho de 2014

DIFICULDADES NA REELEIÇÃO.

Inicialmente, imaginei impossível algum dos candidatos de oposição derrotar a presidente Dilma Rousseff. Os programas sociais do governo, com ações espraiadas por todo País, faziam crer que ninguém teria chance de qualquer aproximação de votos nas disputa presidencial. Ao que parece, esse quadro começou a se modificar. Não que a candidatura Dilma Rousseff esteja em fase de risco, mas começa a apresentar sinais de fraqueza em alguns pontos considerados inabaláveis. Os jornais de ontem, por exemplo, trouxeram como tema de maior repercussão o indicativo de que o Brasil esteja entrando em processo de recessão. Esse assunto foi manchete da Folha, O Globo, Valor Econômico, Estadão e Correio Braziliense, entre outros.
Pouco ou nada adianta os correligionários apelarem que tudo não passa de apelação da imprensa adversária. Mais consciente da realidade, a presidente Dilma reuniu os coordenadores de sua campanha pedindo que haja maior entendimento entre todos e que os petistas cessem a briga por mais poder no comitê da reeleição. Mostrou a realidade dos fatos onde, pela primeira vez no ano, a projeção para o PIBnapesquisa Focus do Banco Central ficou abaixo de 1%. Além disso, houve aumento dos preços em junho, com o acumulado dos últimos 12 meses da inflação oficial superando o teto da meta de 6,5%. Para os assessores da Presidente, chegou a hora de radicalizar com o candidato Aécio Neves, para conter o seu crescimento.
Eduardo Campos acredita que crescerá o bastante para chegar ao segundo turno da eleição.Por via das dúvidas, Dilma e Aécio decidiram adotar o mesmo estilo em relação ao candidato do PSB à presidência da República. Os dois candidatos estão certos que a escolha presidencial será decidida em um segundo turno e sabem da importância do apoio do PSB-Rede nesse momento. O PT, que vinha hostilizando o ex-governador de Pernambuco, recebeu ordens para mudar o discurso. O senador Aécio repete sempre que é amigo de Campo e não vai brigar com ele. No PMDB, cabe a Michel Temer debelar a revolta entre os correligionários que pregam o voto contra Dilma, insatisfeitos com o tratamento recebido pelo PT durante todo o seu governo.
O ex-presidente Lula está preocupado com o quadro eleitoral em São Paulo, onde o PT vem encontrando dificuldades inesperadas. A autoconfiança excessiva prejudicou a candidatura de Dilma à reeleição, com risco de perder na capital para o candidato Aécio Neves. Lula é o eleitor principal, mas não está tendo poder suficiente para transferir votos para o candidato a governador do PT, Alexandre Padilha e, por extensão, reforçar Dilma Rousseff. As disputas entre os grupos de Lula e de Dilma têm sido responsabilizadas pelo enfraquecimento político do partido. A campanha do volta Lula foi um desses movimentos que prejudicou a reeleição, sendo que o ex-presidente demorou a eliminar essa corrente dentro do PT. Agora pode ser tarde.


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