Máquinas que operavam na escavação da obra derramaram óleo e servem como "motel" e local para uso de drogas.
Há três meses duas retroescavadeiras, que operavam na obra de recuperação de Ponta Negra, estão quebradas. As máquinas, localizadas próximas área do Sesc, apresentam sinais de derramamento de óleo na areia e, segundo comerciantes, serve hoje como local para pratica de sexo e uso de drogas.
“Elas estão aí quebradas há um bocado de tempo só comendo o dinheiro da gente“, diz um comerciante que não quis se identificar. Segundo ele, de vez em quando aparece um funcionário para ligar ás máquinas, porém não foram consertadas nem há indícios que serão removidas do local.
A duas escavadeiras estão paradas no exato ponto onde foi interrompida a colocação das pedras enrocadas transportadas para a orla para deter o avanço do mar. Apresentam sinais visíveis de oxidação devido a proximidade do mar.
Transcorridos quase sete meses desde que o estado de calamidade pública foi decretada na orla, a praia de Ponta Negra se transformou num imenso canteiro de obras. O calçadão da orla está sendo reconstruído em vários trechos que ainda apresenta buracos.
A empresa Ramalho, construtora responsável pela obra, está erguendo 29 quiosques ao e bancos ao longo de 3,9 km do calçadão. “ Vamos cumprir o prazo de entrega em maio”, garantiu o mestre Carneiro que trabalhava na tarde hoje com uma equipe da construtora.
Entretanto muitos comerciantes estão insatisfeitos com o velocidade da recuperação. “Essa obra não termina nunca. Eles nem terminaram de colocar todas as pedras na praia”, diz Claudiano Souza apontando para a área da Via Costeira.
Mas ele alerta para o problema das escadas de acesso, que já causaram acidentes. “Essa semana duas pessoas se cortaram ao tentar subir as escadas”, disse ele. Foram os próprios comerciantes que construíram os acessos. “A prefeitura não fez nenhuma escada aqui”, reclama.
A ambulante Maria José, que vende produtos no calçadão reclama, entre poeira e tijolos da lentidão da obra: “ Faz tempo que isso tá parado . Tem buraco de tudo que é lado. O prior para mim é que os turistas não estão caminhando por aqui e eu não estou vendendo quase nada”.
Fonte: Moisés de Lima/http://portalnoar.com/
Foto: Wellington Rocha
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