A presidente Dilma Rousseff e vários ministros reuniram-se na noite desta segunda-feira (9), no Palácio do Planalto, com os líderes dos partidos que compõem a base aliada na Câmara dos Deputados para evitar que o governo seja derrotado nas votações de sete vetos presidenciais, marcada para a próxima terça-feira (17).
Entre os vetos está o que barrou o fim da multa de 10% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) paga pelo empregador em demissões sem justa causa. A medida foi aprovada pelo Congresso, mas recebeu o veto de Dilma.
O governo argumenta que os recursos provenientes da multa são aplicados no programa Minha Casa Minha Vida, que seria comprometido se o veto presidencial for derrubado. Outro argumento é que o fim da multa implicaria no aumento de demissões.
Segundo Ideli Salvatti, o governou tentou fazer um trabalho de convencimento dos líderes da importância de manter os vetos, em especial o da multa do FGTS, para não causar impacto nas contas do governo. A ministra afirmou que o governo apresentou dados das consequências que a derrubada dos vetos causaria, numa tentativa de seduzir os líderes a convencer suas bancadas a manter os vetos.
Participaram do encontro o vice-presidente Michel Temer, os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Saúde). Entre os líderes estavam Arlindo Chinaglia (PT-SP), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Beto Albuquerque (PSB-RS), Anthony Garotinho (PP-RJ), Manuela D'Avila (PCdoB-RS) e André Figueiredo (PDT-CE), entre outros.
Amanhã, às 11h30, será a vez da presidente se reunir com as lideranças da base aliada no Senado. Outro reunião com as lideranças na Câmara está marcada para a próxima segunda-feira (16).
Fonte: Guilherme Balza/UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.