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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

POPULAÇÃO MOSSOROENSE RECLAMA DO MAU ATENDIMENTO NA REDE DE SAÚDE PÚBLICA.

Nos últimos meses têm se tornado cada vez mais comum denúncias envolvendo a rede de atendimento à saúde em Mossoró. A população enfrenta desde os mais simples problemas, como a autorização para realização de uma cirurgia em outra cidade, até casos mais graves, como o mostrado pelo jornal O Mossoroense na edição de sexta-feira, quando um médico plantonista do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) divulgou em seu perfil em uma rede social a foto de paciente no chão da unidade, aguardando para ser atendido.
Exemplos da atual situação da saúde em Mossoró não faltam. Equipe do jornal O Mossoroense foi até o HRTM na última sexta-feira, 2, e constatou as dificuldades enfrentadas pela população que necessita da rede pública de saúde. Acompanhando seu pai, o pescador Cleilson Arleandro, morador do município de Porto do Mangue, aguardava a chegada de uma ambulância para levá-los de volta pra casa após três dias em que o seu pai estava internado na unidade hospitalar. Já recuperado, o senhor Francisco Gomes, 79, precisou aguardar durante dois dias em uma maca no corredor do Hospital para poder ser transferido para o setor de repouso.
"No momento, supriu a nossa necessidade. Ficamos dois dias no corredor, esperando vaga, mas tivemos assistência, o que em Porto do Mangue não teríamos", diz o pescador Cleilson Arleandro, demonstrando conformismo diante do quadro precário da saúde na cidade.
A dona de casa Sibele Gurgel também passou por situação semelhante no HRTM. No mês de julho ela precisou ser internada para tratar uma bactéria que, segundo a paciente, foi adquirida no próprio Hospital sete meses antes. "Sofri um acidente, e tive fratura exposta na perna, fui ao Tarcísio Maia, e sete meses depois descobri que estava com uma bactéria na perna, fui novamente ao Hospital, e fiquei no corredor, numa maca que sequer cabia os meus braços, sem falar que o antibiótico que me deram não era o adequado, e acabou me intoxicando", relembra, acrescentando: "É lamentável o que está acontecendo em Mossoró".
Esses são apenas alguns exemplos. Frequentemente surgem denúncias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a respeito da falta de médicos, medicamentos, servidores. Problemas que de forma geral fazem com que a população busque atendimento até mesmo em outros estados, como é o caso de Sibele Gurgel, que hoje está sendo tratada em Fortaleza.
MP diz que medidas estão sendo tomadas para garantir atendimento de qualidade à população
De acordo com o promotor regional do Ministério Público em Mossoró, que responde pela área de defesa da saúde, Flávio Côrte, estão sendo adotadas medidas em relação aos problemas enfrentados pela população.
"As lutas são muitas, as vitórias poucas, mas temos conseguido melhorias, como no caso do Hospital Regional Tarcísio Maia, onde conseguimos regularizar a escala de plantões de algumas especialidades, não todas. Existem ações ajuizadas, mas é importante frisar que quem constrói e destrói é o Poder Executivo, é ele quem tira as coisas do papel", conta.
O promotor relembra ainda o caso da instalação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica na cidade. "Há anos o Ministério Público vinha batalhando para que as decisões obrigando a instalação dos leitos fossem cumpridas, e isso só veio ocorrer recentemente", conclui.
EM GREVE
Servidores estaduais da saúde entraram em greve na última quinta-feira, 1°. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (SindSaúde-RN), as reivindicações foram entregues ao governo há dois meses, mas até agora a entidade não foi recebida pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
A partir de amanhã serão realizadas reuniões nos principais hospitais do Estado, para organizar a greve, definir a quantidade de servidores que irão paralisar em cada setor, mantendo os 30% exigidos por lei.
Uma das principais reivindicações da categoria é o da incorporação dos 25% da Jornada Especial, prevista na lei do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, que não aconteceu no mês de julho. A incorporação é parte de um calendário acordado após a greve de 2012. Além da incorporação não ter acontecido, o governo também não pagou o valor das funções gratificadas e o 1/3 de férias neste mês.

Fonte: O Mossoroense

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