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domingo, 14 de julho de 2013

O PT E O ALERTA DAS RUAS.

Os acordes ressonantes das ruas revelam um desejo de mais democracia e mais cidadania. É claro que alguns subtonaram notas, como por exemplo, as vozes reacionárias. Outras desinformadas politicamente clamam por um aparelho de Estado repressor e elitista. Mas, o clamor principal volta-se contra velhas formas de política instaladas nas nossas instituições e nossa sociedade.
Não tenho dúvidas que o DNA do PT está nas mobilizações que o país vive nos últimos dias. Afinal, quem com mais vontade e mais determinação levou à cena política os atores das mudanças que a democracia experimenta no Brasil? Sinto o momento como algo oportuno para arejamento e fortalecimento do PT.
É curioso como a cada crise na política alguns apressados vaticinam o fim do PT. Isto revela o desejo mórbido de alguns de nossos contumazes adversários, frente a erros, desvios de programa políticos - que lamentavelmente temos que reconhecer. No entanto, a nosso favor, há um legado histórico, político e cultural.
Em todas as pesquisas feitas no Brasil há reconhecimento do PT como responsável por mudanças positivas na sociedade e referência no apoio aos setores sociais. Há também um contingente contrário com conteúdo ideológico de direita e conservador.
O PT é o que há de mais parecido com um Partido Político no Brasil, em termos de massa e em termos de proposta. Há agremiações mais à esquerda do PT. Porém, sem a expressão social para um país de 200 milhões de habitantes. Como diz o frevo: “Queiram ou não queiram os juízes”, o nosso time tem expressão e um papel importante na construção democrática.
Aproxima-se um instante de escolhas da direção do PT, que feito diretamente abre espaço de participação direta de filiado, diferente da prática dos outros partidos. Neste cenário abre-se um bafo de liberdade e de novos tempos no PT.
Somos de uma geração que levou pela primeira vez ao país um governo de esquerda, com partido de massa e progressista. Por sinal, contribuímos para uma onda progressista em toda América Latina.
Somos sim, com algumas diferenças, parceiros dos processos que trouxeram Chávez, Ivo Morales, Kirchner e Mujica ao comando político no continente, superando décadas de ditaduras corruptas e subservientes aos interesses capitalistas centrais. Mudamos a vida do continente pra melhor! Socialmente e economicamente. Agora, precisamos alterar as estruturas institucionais.
Este é o recado das ruas. Não querem apenas ser consumidores de uma (des)ordem econômica vigente. Aqui está o desafio para a esquerda. Há uma entropia política em curso. Administrar este processo requer atualizações e rupturas com algumas mazelas de nossa vida.
Não é real e não é justo transformar o PT num antro de corruptos como querem setores golpistas de uma mídia mercantil de direita. Porém, não dá para dizer que nada aconteceu, e tudo não passa de uma conspiração para nos eliminar.
Na verdade os motivos de combate sistemático ao PT não são de ordem ética e moral. São de ordem ideológica. O PT pode se transformar num sério opositor aos lucros e privilégios de uma minoria social do Brasil. Alguns arautos da direita temem que desta crise saia um PT mais à esquerda. Têm razão! Pois é isso que pode acontecer!
Na onda de contestações acontecidas há fatos curiosos e não divulgados, como os protestos contra a Globo nas ruas. A atrasada, conservadora e concentrada mídia nacional. Devemos, ainda, atentar também para os interesses empresariais manifestados na “Greve” do movimento Brasil Caminhoneiro.
E fechando, como dizem nossos manos latinos; “yo no creo em brujas pero que...” Não podemos esquecer o apoio externo da direita internacional que perdeu espaços em algumas partes do mundo e sonha com a retomada da América Latina. Não são ocasionais os manifestos e trejeitos expostos na internet contra a Presidente Dilma. O PT é a esquerda do Continente. Olhos abertos e alerta total. Há algo no céu além de urubus e aviões de carreira.

Fonte: Fernando Ferro - deputado federal pelo PT-PE./blog do Noblat

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