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quinta-feira, 4 de julho de 2013

MÉDICOS REALIZAM MANIFESTAÇÃO PELAS RUAS DO CENTRO EM PROL DE MELHORIAS NAS CONDIÇÕES DE TRABALHO.

Na manhã de ontem, representantes da classe médica realizaram manifestação em prol de melhorias nas condições de trabalho e valorização dos profissionais. A mobilização teve início por volta das 8h30, na praça Cícero Dias, em frente ao Teatro Municipal Dix-huit Rosado. O protesto faz parte de uma mobilização nacional, onde foram realizados atos públicos em 23 estados.
Participaram do protesto estudantes do curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), profissionais da área médica e representantes de sindicatos da área da saúde, além da Associação Médica de Mossoró (AMM).
Da concentração do teatro municipal, o grupo seguiu pela Augusto Severo em direção à Coronel Gurgel, subindo pela avenida Presidente Dutra até o Hotel Ibis. De lá, eles voltaram na direção contrária, até a Juvenal Lamartine, onde, na Praça dos Hospitais, os médicos fizeram um enterro simbólico da saúde.
Conforme o ortopedista Manoel Fernandes, a classe cobra mais valorização. "Queremos que o governo tenha mais respeito à classe médica. Nós passamos por um aprendizado durante vários anos na universidade, depois residência, especializações, o governo está querendo importar médicos estrangeiros, sem fazer uma prova de revalidação dos seus diplomas, isso é uma afronta, um desrespeito à própria constituição. Também pedimos respeito à categoria, que não possui Plano de Cargos, Carreira e Salários, nem municipal, estadual e em nível nacional", desabafa.
A aluna do 10º período de Medicina da Uern, Samila Marisa, pontua os objetivos dos estudantes participantes da mobilização. "Nós temos três objetivos: primeiro, lutar pela prova de revalidação dos médicos estrangeiros, porque só com essa prova podemos atestar a qualidade desses profissionais. A nossa segunda reivindicação diz respeito à Universidade. Queremos ambulatórios de qualidade, que hoje estão instalados em um prédio emprestado, em estado precário. Os ambulatórios são consultórios públicos, em que são realizados atendimentos diversos, e faz parte do nosso processo de formação", diz a estudante.
Ela destaca que os alunos também cobram a construção do Hospital Universitário. "A Uern já formou diversas turmas e até hoje não temos o Hospital, que é essencial para nossa formação e também para a população", destaca. E a terceira reinvindicação é pela melhoria no SUS, no atendimento público, não só investimento, mas gerência desses investimentos.
O anestesiologista Ronaldo Fixina enfatiza que o protesto também visa chamar a atenção do poder público para a situação da Casa de Saúde Dix-sept Rosado. "A gente está vislumbrando um problema gravíssimo, que é de competência tanto dos gestores locais quanto estaduais que é essa ameaça de fechamento da Maternidade Almeida Castro", afirma.
Segundo o profissional, existem médicos na área da obstetrícia suficiente para prestar essa assistência, "o que falta é que os governos, municipal, estadual e federal, ofertarem condições de realizar o atendimento, e política de valorização do nosso trabalho, no tocante à remuneração, sem isso vai ter sempre problemas", diz Fixina.

Fonte: O Mossoroense
Foto: Cacau

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