Rajyalaxmi Chitrakar, mulher de Jhalanath Khanal, não resistiu às queimaduras após ser trancada em casa e atacada durante conflitos contra bloqueio de redes sociais; país vive onda de revoltas juvenis que já levaram à renúncia do premier KP Oli
Segundo relatos da imprensa local, os protestantes prenderam Rajyalaxmi dentro da residência antes de atear fogo no imóvel. Ela chegou a ser socorrida em estado crítico para o Hospital de Queimados de Kirtipur, mas não resistiu. De acordo com médicos, as queimaduras atingiram diversas partes do corpo, inclusive os pulmões.
A morte de Chitrakar ocorre em meio à escalada dos protestos liderados principalmente por jovens da geração Z.
Início dos protestos
Com 43% da população entre 15 e 43 anos, a proibição gerou indignação e protestos em massa. Nos últimos dias, vídeos viralizados no TikTok — rede que não foi bloqueada — mostraram o contraste entre as dificuldades enfrentadas pela maioria dos nepaleses e o estilo de vida luxuoso dos filhos de políticos, aumentando a insatisfação popular.
Na segunda-feira, milhares de manifestantes tomaram as ruas de Katmandu e de outras cidades. O ato principal, em frente ao Parlamento, foi duramente reprimido pela polícia, que utilizou gás lacrimogêneo, canhões de água e munições de borracha. A Anistia Internacional denunciou posteriormente o uso de munição letal contra os jovens.
Em meio à pressão crescente, o primeiro-ministro KP Oli anunciou sua renúncia na terça-feira. O governo interino enfrenta agora o desafio de conter a escalada da violência e abrir espaço para negociações políticas, em um dos momentos mais instáveis da história recente do Nepal.
Fonte: Aliados Brasil
Fotos: Anup Ojha e Reprodução
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