Guilherme Mussi (PP-SP) é um deputado federal comedido no uso de sua cota parlamentar: em 2020, deixou de usar R$ 248,7 mil do valor disponibilizado pela Câmara e, neste ano, projeta economizar, até dezembro, um valor acima de R$ 126,7 mil.
Poderia estar poupando muito mais, no entanto.
Desde que assumiu o mandato, em janeiro de 2019, Mussi, que recentemente se tornou notícia por assumir o namoro com a atriz Marina Ruy Barbosa, faz pagamentos mensais de R$ 10 mil à empresa A7 Marketing.
Ele contratou serviços que incluem o “desenvolvimento e a alimentação do site do deputado”, bem como a gestão e a criação de conteúdos de suas redes e o monitoramento de notícias sobre si.
O site em questão, porém, esteve em manutenção ao longo do último ano. Pelo menos desde agosto de 2020, o endereço oficial do parlamentar exibe a mensagem: “Um novo site está sendo preparado! Acompanhe as minhas redes sociais e fique por dentro de todas as ações do meu mandato”.
Os registros constam na plataforma WayBackMachine, que funciona como uma “máquina do tempo” da internet e armazena arquivos de milhões de páginas em diferentes períodos. A manutenção do portal de Mussi foi verificada em agosto, setembro e dezembro do ano passado, além de diversos meses de 2021.
De agosto até agora, a A7 Marketing emitiu notas fiscais que somam R$ 120 mil pagos pelo gabinete de Mussi. Elas seriam referentes, entre outros itens, ao site em questão.
À coluna, a chefia de gabinete de Mussi destacou que, apesar do site em manutenção, os trabalhos da agência são diversos, com foco “principalmente no Instagram, plataforma mais usada por todos para divulgação da atividade parlamentar”.
Em julho, no entanto, a conta do deputado somou apenas sete publicações no feed.
Fonte: Lauro Jardim/O Globo
Foto: Agência o Globo
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