Procurador-geral da República disse ser vítima de "fake news" de colegas.
O procurador-geral Augusto Aras atacou seus colegas do Conselho Superior do MPF no início da noite desta sexta-feira 31, e afirmou que eles espalham “fake news” contra ele. Em determinado momento, Aras disse que uma das colegas talvez não soubesse o que é ser vítima disso “porque não tem família”.
Durante a reunião, Aras foi criticado por quatro conselheiros por seus ataques recentes à Lava Jato.
Sem ouvir as críticas, Aras acusou os subprocuradores presentes, que leram uma carta escrita contra ele, de serem fontes de reportagens sobre ele — citou os conselheiros Nicolao Dino e Luiza Frischeinsen, ali presentes, em especial.
E então reagiu de maneira irada:
“Não me venha como Satanás pregando uma quaresma, vamos manter o respeito e a dignidade que a carreira exige de nós”, afirmou.
Dirigindo-se a Dino e Luiza Frischeisen, subiu o tom:
“Doutor Nicolau, o senhor não vai gostar de ver uma fake news sobre sua família. Muito menos a doutora Luiza, que talvez não tenha família, ou talvez tenha”.
Luiza Frischeisen não tem filhos.
O ataque a Frischeisen gerou uma onda de apoio a ela entre procuradores nas redes sociais.
“Minha incondicional solidariedade à amiga e colega subprocuradora-geral Luiza Frischeisen, vítima de um ataque machista nesta data. Tempos muito difíceis, mas tudo vai passar. Sigamos, minha amiga”, escreveu no Twitter Janice Ascari, chefe da Lava Jato em São Paulo.
“Você tem todo nosso apoio e respeito”, escreveu o procurador Julio Araújo, na mesma rede.
“Todo meu apoio”, escreveu João Gustavo Seixas, também procurador da República.
Fonte: Época
Foto: Sérgio Amaral/STJ
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