Mesmo sem a estabilização da pandemia do coronavírus, o comércio volta a reabrir as portas em várias regiões.
Com o Brasil ultrapassando a marca de meio milhão de casos confirmados de covid-19 e subindo para o quarto lugar em número de óbitos no mundo – e ainda sem nenhum indício de que tenha atingido o pico da pandemia –, vários estados iniciam nesta segunda-feira (1) a flexibilização das medidas de quarentena, com a reabertura gradual do comércio.
Em São Paulo, estado que concentra 21% dos casos e 26% das mortes por covid-19 no país, o governador João Doria (PSDB) anunciou na semana passada a “retomada consciente” da atividade econômica. De acordo com o plano, a quarentena foi estendida por mais 15 dias a partir de hoje, mas a maior parte do estado poderá adotar algum grau de flexibilização, conforme o nível em que se encontre a pandemia.
A capital paulista e várias cidades do interior foram classificadas na fase 2 (são cinco), na qual é permitida a retomada de atividades imobiliárias, concessionárias de automóveis, escritórios, shopping centers e comércio em geral. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), porém, anunciou que nada voltará a reabrir nesta segunda-feira. As entidades setoriais deverão entregar suas propostas de reabertura com os protocolos de segurança que pretendem adotar. As lojas só poderão reabrir depois que a vigilância sanitária aprovar as medidas.
No interior paulista, várias prefeituras autorizaram a reabertura do comércio a partir de hoje. Em Campinas, as lojas poderão funcionar com 30% da capacidade. Em São Vicente, no litoral, as lojas com mais de 300 metros quadrados deverão ter um funcionário na entrada para medir a temperatura dos clientes. Em Jacareí, no Vale do Paraíba, a montadora Caoa Chery vai retomar hoje a produção na fábrica, fechada desde 23 de março.
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Fonte: Ernesto Yoshida/Exame
fOTO: Amanda Perobelli/Reuters
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