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terça-feira, 14 de agosto de 2018

"QUERO DEMOCRACIA, NÃO IMPUNIDADE", DIZ LULA EM ARTIGO NO NEW YORK TIMES.

Ex-presidente Lula volta a fazer a defesa de sua candidatura, destacando ter fé que a justiça prevalecerá.

Em artigo publicado nesta terça-feira (14), no New York Times, o ex-presidente Lula volta a fazer a defesa de sua candidatura, destacando ter fé que a justiça prevalecerá. Contudo, admite que o tempo está correndo contra a democracia. “Eu não peço para estar acima da lei, mas um julgamento deve ser justo e imparcial. Essas forças de direita me condenaram, me prenderam, ignoraram a esmagadora evidência de minha inocência e me negaram habeas corpus apenas para tentar me impedir de concorrer à Presidência. Eu peço respeito pela democracia. Se eles querem me derrotar de verdade, façam nas eleições. Segundo a Constituição brasileira, o poder vem do povo, que elege seus representantes. Então deixe o povo brasileiro decidir”, diz o texto, escrito da prisão pelo petista.
O artigo é publicado um dia antes do encerramento do prazo previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o registro das candidaturas que irão disputar essas eleições gerais no País Por ter sido condenado em segunda instância por um órgão colegiado da Justiça, o TRF4, Lula está impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa. Contudo, seu partido insiste em manter o seu nome na disputa, tendo como plano B o do ex-prefeito Fernando Haddad e o da ex-presidenciável do PCdoB, Manuela D’Ávila. Na segunda-feira, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner alertou sua sigla da necessidade de se colocar logo em campo a estratégia de substituição de Lula, pois o PT não pode esperar “a vida inteira” para expor o ex-prefeito Fernando Haddad.
No artigo que escreveu ao New Yor Times, sob o título “Eu quero democracia, não impunidade”, o ex-presidente Lula reitera a sua tese de que “há um golpe de direita em andamento no Brasil, mas a justiça prevalecerá”. Ele lembra que foi o primeiro líder trabalhista a ser eleito presidente do Brasil e que, na ocasião, o mercado financeiro se abalou, mas destaca que o crescimento econômico que se seguiu tranquilizou o mercado. E reitera que o programa que implantou de desenvolvimento do País e de inserção das classes mais pobres foi interrompido pelo impeachment de Dilma Rousseff e pela sua prisão. “Meu encarceramento foi a última fase de um golpe em câmera lenta destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no Brasil”, diz Lula no texto.
Lula tece ainda críticas à gestão Temer e ao juiz Sérgio Moro, condutor da Lava Jato na primeira instância, dizendo que o magistrado tem sido celebrado pela mídia de direita no Brasil e se tornou intocável. E reitera que embora esteja na cadeia, “por razões políticas”, está concorrendo à Presidência da República. E finaliza o artigo dizendo que não pede para estar acima da lei, mas que deseja um julgamento justo e imparcial. E apesar de dizer que é candidato, reconhece que “o tempo está correndo contra a democracia”.

Fonte: Elizabeth Lemos - Estadão/Portal No Ar


Um comentário:

  1. O ex-presidente Lula está coberto de razão. Em uma República democrática, o poder político emana do povo.

    Mas no Brasil, de uns tempos para cá (desde 2016), algumas instâncias do Judiciário e quadros do MPF parecem querer se apropriar desse poder político expresso no voto popular.

    Atropelando o princípio da presunção de inocência albergado na Constituição Federal, o Judiciário vem agindo ativamente, obstinadamente, desesperadamente para impedir que Lula se candidate e, mais uma vez, seja eleito presidente do Brasil; e certamente Lula seria eleito se pudesse participar das eleições, mas infelizmente isso não ocorrerá. O TSE, salvo em hipótese remota, não permitirá que ele dispute as eleições

    O ex-presidente Lula tem hoje 41% das intenções de voto em todo o país, o que equivale a cerca 60 milhões de eleitores. Não precisa ser cientista político para entender que se pudesse disputar, Lula venceria as eleições já no primeiro turno.

    Impugnando eventualmente a candidatura do Lula, o Judiciário se sobrepõe à vontade desses milhões de eleitores, negando-lhes o direito de escolher seu presidente, de decidir o seu futuro, de escolher o seu destino.

    Espero que o Brasil retome logo o caminho da paz e da prosperidade., mas diante da profunda crise moral e ética em que se encontram imersas as instituições republicanas em nosso país, creio que o pior ainda não passou.... O pior ainda está por vir !!

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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.