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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

DISPUTA NO TSE NÃO É SOBRE A IMAGEM DE LULA NA URNA, MAS NA TV.

A candidatura de Lula à Presidência da República está travando uma disputa pela imagem do ex-presidente. Não nas urnas eletrônicas, probabilidade que beira o impossível por conta da manutenção de sua condenação em segunda instância, mas para que possa aparecer na propaganda de rádio e na TV como candidato. E transmitir votos a seu plano B, além de ser cabo eleitoral de outros postulantes a cargos públicos do partido e de seus aliados.
Confirmado seu registro até o dia 15 de agosto, a expectativa de lideranças do PT era de que o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral sobre sua inelegibilidade fosse realizado em algum momento entre 7 e 11 de setembro. A estimativa de prazos para essa análise é baseada na lei complementar 64/1990.
O tribunal estará sendo presidido por Rosa Weber, mas com presença de Luís Roberto Barroso e Edson Fachin – um trio que não será simpático às demandas do ex-presidente. Ou seja, se Lula não tiver conseguido uma decisão liminar no Supremo Tribunal Federal ou Superior Tribunal de Justiça que suspenda a condenação criminal nas próximas duas semanas, o TSE deve negar a ele não apenas o registro como também a presença como candidato em horário eleitoral. Até agora, tanto o presidente do TSE, Luiz Fux, quanto a futura presidente, Rosa Weber, ambos ministros do STF, têm dado decisões negando a antecipação da inelegibilidade de Lula. Isso não significa que sejam a favor da candidatura – ministros do TSE dão sinais de que os prazos para as alegações de Lula serão encurtados (discute-se julgar seu caso entre 16 e 30 de agosto) e que, impugnada a candidatura, não haverá efeito suspensivo. Isso manteria o ex-presidente fora da TV como candidato, como trouxe Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Fonte: Blog do Sakamoto/UOL
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

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