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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

DEPUTADO DO PP TERIA RECEBIDO R$ 159 MIL DE ESQUEMA, DIZ PF.

Nelson Meurer (PP/PR) aparece na contabilidade do Posto da Torre, reduto de doleiros da Lava Jato; juiz manda documentos para STF.

O juiz Sérgio Fernando Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, encaminhou ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, indícios do envolvimento do deputado federal Nelson Meurer (PP/PR) no esquema de lavagem de dinheiro e desvios na Petrobrás.
Os indícios foram descobertos pela Polícia Federal durante a análise do sistema de contabilidade paralela do Posto da Torre, em Brasília, do doleiro Carlos Habib Chater. Réu na Lava Jato, Chater é acusado de utilizar o seu negócio para lavar dinheiro e distribuir propinas a políticos indicados pelo doleiro Alberto Youssef.
Ao analisar a contabilidade, peritos da PF identificaram uma movimentação total de R$ 159 mil nas contas do posto registradas em nome de “Nelson” e de “Nelson Meurer”, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Diante disso, a PF informou o juiz Sérgio Moro, que decidiu encaminhar o laudo ao Supremo Tribunal Federal para que avalie as medidas a serem tomadas.
VEJA A TABELA COM A CONTABILIDADE PARALELA DO POSTO DA TORRE NA QUAL MEURER É CITADO:
(CLIQUE PARA AUMENTAR A IMAGEM)
Nelson Meurer foi citado na delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa como um dos 28 políticos beneficiários do esquema de propinas e corrupção na Petrobrás.
O PP, sigla de Nelson Meurer, tem papel de protagonista no escândalo, segundo a investigação. A força-tarefa da Lava Jato acredita que os desvios na petrolífera ocorrem há pelos menos 15 anos. Mas foi o ex-deputado José Janene (PP-PR), réu no processo do mensalão morto em 2010, quem organizou a corrupção na estatal, fazendo com que as cúpulas das siglas envolvidas fossem beneficiadas diretamente.
Nas palavras de um investigador, “Janene transformou a corrupção no varejo em esquema de organização partidária”. O modelo que ele teria criado consistia em concentrar a negociação e o pagamento de propinas num diretor, e não mais em vários agentes públicos dentro da estatal.
Janene foi também o padrinho político de Alberto Youssef e quem indicou Paulo Roberto Costa à diretoria de Abastecimento da Petrobrás, em 2004. Dentre os 28 políticos citados pelo ex-diretor em sua delação, 10 são do PP, o partido com mais políticos envolvidos no esquema da Petrobrás, segundo Costa. O próprio Youssef, ao citar os políticos envolvidos no escândalo, afirmou a investigadores da Operação Lava Jato que “só sobram dois no PP”.
A reportagem tentou contato por telefone com o gabinete de Nelson Meurer, mas ninguém atendeu.

Fonte: Matheus Coutinho; Ricardo Brandt e Fausto Macedo/http://politica.estadao.com.br/
Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

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