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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

PESQUISA MOSTRA QUE TRAGÉDIA TIRA ELEIÇÃO DO DESENCANTO COM A POLÍTICA.

Há o reconhecimento nas três principais campanhas à Presidência da República, a do PT, do PSB e do PSDB, que a entrada de Marina Silva no jogo presidencial e a comoção causada pela trágica morte de Eduardo Campos tiram a campanha de um estágio de desencantamento com a política.
Até então, a eleição era marcada pela alta taxa de rejeição de Dilma Rousseff e pela manifestação de um setor importante do eleitorado pela negação da política, que costuma se traduzir em abstenções e votos brancos e nulos.
As três campanhas avaliam, já a partir da primeira pesquisa Datafolha após a morte de Eduardo Campos, que a tragédia vai despertar um interesse maior da população por uma disputa que até então tinha a marca da apatia.
Além disso, o desempenho de Marina na pesquisa causou alerta no PT e no PSDB.
No núcleo da campanha de Dilma, ainda se avalia como será a estratégia para enfrentar a candidatura inesperada de Marina, que leva a disputa para o segundo turno. Preocupa os petistas o desempenho de Marina na simulação de disputa direta com Dilma no segundo turno, em que a candidata do PSB tem 47% e a petista, 43%.
O unico alívio da campanha é que a aprovação de Dilma subiu seis pontos em relação ao mês de julho, o que mostra que a campanha da presidente na rua e a forte exposição em São Paulo já começam a surtir algum efeito.
Já no PSDB, a grande preocupação é que o desempenho de Marina impeça o candidato Aécio Neves de ir para o segundo turno.
Como na campanha de Dilma, o comando tucano também ainda não sabe qual é o melhor plano para neutralizar a candidatura de Marina.
De todo jeito, a pesquisa é recebida com cautela, porque foi feita no calor dos acontecimentos e do impacto da tragédia que causou a morte de Eduardo Campos.
Tanto na campanha da Dilma como na de Aécio, e mesmo dentro do PSB, a constatação é que é preciso deixar o cenário decantar por mais pelo menos duas semanas para saber qual será mesmo a tendência da eleição. A expectativa é que, a partir do início de setembro, o quadro da sucessão presidencial ficará mais cristalino.
Mesmo assim, as três campanhas têm em comum o entendimento de que Marina conseguiu de imediato capitalizar boa parte das intenções de voto detectadas nas pesquisas realizadas no auge da onda de protestos que tomou conta do país em junho do ano passado. Também há a avaliação de que Marina se transformou num fator de surpresa capaz de mudar o rumo da sucessão presidencial.


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