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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

HENRIQUE USA COTA INDENIZATÓRIA PARA RETRIBUIR DOAÇÕES DE CAMPANHA.

Segundo o Estadão, presidente da Câmara gastou R$ 17 mil em posto que doou R$ 10 mil para campanha dele.

Com apenas uma nota fiscal emitida ao mês, deputados federais conseguem usar toda a cota de combustíveis a que têm direito. E entre os documentos apresentados, estão notas de postos de combustível de parentes dos parlamentares e estabelecimentos que foram doadores em suas campanhas. A informação é do jornal Estado de São Paulo e foi divulgada no final de semana tendo, como um dos personagens, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, do PMDB.
Segundo o jornal, nas contas do presidente da Câmara aparece como fornecedores alguns postos que contribuíram para a campanha do parlamentar. O posto em que Henrique gastou quase R$ 17 mil apenas no primeiro semestre também doou R$ 10 mil para a campanha eleitoral dele.
Esses gastos com gasolina entram na conta da cota indenizatória, que é o ressarcimento feito ao deputado pela Câmara dos gastos com a atividade parlamentar. Além da gasolina e lubrificante, entram na relação de utilização da cota, também, o aluguel de veículos, passagens aéreas, divulgação, manutenção de escritório parlamentar, telefone e, até, alimentação. Tudo isso é uma espécie de “bolsa” para trabalhar que o parlamentar recebe além do salário de R$ 27 mil por mês.
Por sinal, quando era ainda candidato a presidência da Câmara, o deputado Henrique Alves já apareceu como contratante da Global Transportes, de aluguel de veículos no Distrito Federal. O detalhe é que, por trás da empresa, estava o ex-assessor do César Cunha. Segundo a revista “Veja”, dos R$ 32 mil mensais para custear as despesas do mandato, Henrique gastava cerca de R$ 8.300 só com aluguel de carros.
COMBUSTÍVEIS
Ainda de acordo com a matéria, no primeiro semestre, dez deputados federais gastaram até o último centavo a que têm direito. Eles apresentaram apenas uma nota por mês com o valor total da cota, sempre em seus Estados de origem, nos mesmos estabelecimentos ou pertencentes ao mesmo dono.
De janeiro a junho, a Câmara dos Deputados gastou R$ 7,8 milhões para reembolsar os gastos de parlamentares com combustíveis e lubrificantes. Cada um tem direito a consumir R$ 4,5 mil mensais para abastecer veículos usados no exercício do cargo. Angelo Agnolin (PDT-TO), por exemplo, traz na descrição da nota apresentada em março o consumo de 1.521 litros de gasolina, o que seria suficiente para fazer um carro médio rodar pelo menos 15 mil quilômetros. Ainda na mesma nota, o deputado paga três preços diferentes de gasolina comum (R$ 2,79, R$ 2,95 e R$ 3,12).
Contudo, é bem verdade é que não é só com outros deputados que essa situação acontece. Em setembro, um levantamento exclusivo feito pel’O Jornal de Hoje mostrou que os gastos da bancada federal potiguar com combustíveis chegaram a R$ 196.788,04, nos oito primeiros meses de 2013.
Com esse valor seria possível comprar quase 68 mil litros de gasolina (isso em Natal, onde a gasolina custa em média R$ 2,89). Dividido esse valor igualmente pela bancada potiguar e pelos oito meses que já se passaram, é possível dizer que cada deputado federal do RN teve 1 mil litros de gasolina a disposição para rodar pelo Estado.
Consequentemente, se usassem carros com um valor médio de consumo de 10 quilômetros por litro, é possível dizer que cada uma dos deputados rodou 10 mil quilômetros por mês. Como forma de comparativo, o Rio Grande do Norte tem, apenas, 400 quilômetros de litoral. Ou seja: por mês, se quisessem, os parlamentares potiguares poderiam ter cruzado 25 vezes todo o Estado pela beira da praia.
A deputada federal Sandra Rosado, do PSB, foi a que gastou mais: R$ 32.838,81 em oito meses. Paulo Wagner, do PV, aparece logo depois, com R$ 31.299,10. A relação continua com João Maia (R$ 29.824,34); Fábio Faria (R$ 24.946,01) e Betinho Rosado (R$ 24.271,18).

Fonte: O Jornal de Hoje

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