Segundo os responsáveis pelo partido de Marina, a coleta de assinaturas para viabilizar novo partido no TSE está em marcha lenta: "Não há mais ações em lugares de massa".
Abrigada temporariamente no PSB para a disputa eleitoral de 2014, a Rede Sustentabilidade continua o processo de coleta e conferência de assinaturas para formalização do partido. A expectativa é que os coordenadores da Rede enviem a documentação do Tribunal Superior Eleitoral depois das eleições do ano que vem.
Segundo os responsáveis pelo partido, a coleta de assinaturas está em marcha lenta. Se antes os apoiadores da ex-senadora Marina Silva aproveitavam grandes aglomerações para coletar centenas, às vezes milhares de assinaturas de uma só vez, agora elas chegam aos poucos.
“Diminuiu a incidência de busca. Não tem mais ações em lugares de massa. Agora as pessoas trazem 7, às vezes 10 assinaturas”, disse o assessor Nilson de Oliveira.
O maior esforço, no momento, é para checar e rechecar as assinaturas já coletadas para evitar que a justiça volte a recusar adesões - a exemplo do que aconteceu em outubro — o que inviabilizaria a criação do partido.
Na primeira tentativa de formalização, recusada pelo TSE, faltaram 50 mil assinaturas. A Rede não tem um balanço atualizado do número de adesões que faltam.
De qualquer forma, a organização da rede não tem pressa. Antes de protocolar o novo pedido de criação do partido, eles vão aguardar o julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal da Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) contra a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff que proíbe a transferência do tempo de TV e da maior parte do Fundo Partidário de um partido para outro nos casos em que parlamentares mudam de legenda (mesmo que seja para uma nova sigla).
A expectativa é que o caso seja remetido ao plenário do STF apenas em meados do segundo semestre do ano que vem. Só depois disso a Rede vai retomar o processo de formalização do partido.
O processo é tratado com naturalidade tanto por apoiadores de Marina quanto pelo PSB. De acordo com os dois lados, o acordo que levou Marina para o PSB previa a continuidade do processo de formalização da Rede.
Nos eventos públicos, tanto a ex-senadora quanto o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), descartam palavras como fusão ou incorporação. O termo usado por ambos é coligação para deixar claro o caráter independente e soberano de cada partido.
Fonte: Ricardo Galhardo - iG/Último Segundo
Foto: Taba Benedicto/Futura Press
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