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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

MIRIAM BELCHIOR E MANTEGA DOMINAM AUDIÊNCIAS COM DILMA EM 2011.

Ministros da área econômica foram os mais recebidos pela presidente.
G1 consultou a agenda oficial da presidente nos 365 dias do ano.


Integrantes da equipe econômica do governo, Miriam Belchior (Planejamento) e Guido Mantega (Fazenda) foram os ministros mais requisitados pela presidente Dilma Rousseff em 2011.
Dentre os 37 ministros (sete foram substituídos durante o ano), Belchior é a que mais vezes (30) foi recebida em audiência pela presidente, segundo registros das agendas oficiais disponíveis no site da Presidência da República. Mantega esteve em 28 audiências com Dilma.
O outro integrante da área econômica, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini (com status de ministro), esteve uma vez em audiência com a presidente.
O G1 consultou todas as agendas de Dilma nos 365 dias do ano. No total, ela participou oficialmente em 2011 de 489 audiências, encontros, reuniões ou almoços com autoridades estrangeiras, ministros, parlamentares, empresários, sindicalistas e representantes de entidades da sociedade civil. Desses compromissos oficiais, 300 foram audiências concedidas a ministros.
Juntos, os integrantes da cúpula econômica do governo foram chamados para audiências privadas o dobro de vezes que pelo menos metade de seus colegas - 2011 foi o ano em que o Brasil começou a sentir o impacto da crise financeira que atingiu a zona do euro.
Miriam Belchior é quem administra o Orçamento da União e autoriza e gerencia a liberação de recursos federais. Também é a atual gestora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), coordenado durante o governo do ex-presidente Lula pela própria Dilma. Foi ela quem esteve à frente de momentos decisivos para o governo, como a decisão sobre o contingenciamento de gastos da União, logo no início do mandato, e suas várias repercussões ao longo do ano.
Guido Mantega foi o responsável pelo anúncio de decisões polêmicas - como o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro, e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para conter a pressão inflacionária, no primeiro semestre.
O terceiro ministro que Dilma mais recebeu em audiência (19 vezes) foi Fernando Haddad, da Educação, que em 2012 vai se despedir da Esplanada dos Ministérios.
Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT nas eleições de 2012 e afilhado político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permaneceu no governo Dilma por indicação do antecessor da presidente. Em 2011, Haddad enfrentou problemas com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele já anunciou que deixará o governo em janeiro.
Ministros 'palacianos'
Principais articulares políticos de Dilma e vizinhos do gabinete presidencial no Palácio do Planalto, os chamados ministros "palacianos" têm contato frequente com a presidente e por isso aparecem menos na agenda oficial de audiências.
Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) tiveram papel preponderante nos principais episódios políticos do ano.
Em junho, Ideli passou de ministra da Pesca - pasta com pouca expressão e orçamento discreto - a principal responsável pela articulação do governo no Congresso. Ela conversou com a oposição para aprovar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e com a base aliada para aprovar o Orçamento da União.
Também em junho, Gleisi Hoffmann deixou o Senado para assumir o comando da Casa Civil, com a saída de Antonio Palocci. Com a sua chegada, a pasta ganhou um perfil gerencial. As funções de articulação política, antes desempenhadas por Palocci, foram redistribuídas. Integrante da Câmara de Políticas de Gestão, que tem a missão de sugerir projetos que facilitem a gestão pública, foi Gleisi quem anunciou que o governo estava elaborando um “plano de contingência” para evitar atrasos em voos e overbooking.
Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula, tornou-se gerenciador de interesses no governo. Exemplo disso foi a crise no Ministério do Esporte, que revelou irregularidades em contratos com entidades civis - enquanto reafirmava o interesse do governo de fiscalizar Organizações Não Governamentais (ONGs), acenava também para as entidades.

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