A vitória de Ana Arraes na disputa pela indicação para uma vaga no Tribunal de Contas da União terá desdobramentos importantes na política nos próximos anos. O papel de “noiva cobiçada” que coube ao PMDB na última campanha eleitoral pode ser transferido para o PSB de Ana e do filho dela, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Esta é a razão pela qual Eduardo Campos mergulhou tão fundo na campanha da mãe pela vaga no TCU. Ao demonstrar capacidade de articulação política e de unir, ao mesmo tempo, o PT com Lula e o PSDB com Aécio Neves, Eduardo conseguiu amplar seu campo de ação no Legislativo. E o PSB com apenas 35 deputados pode comandar um bloco que poderá superar o número de cem deputados, unindo o PTB e o PSD que está sendo criado por Gilberto Kassab. Este novo bloco, quando formalizado, ultrapassará o PMDB e o PT, ganhando força até para indicar o novo presidente da Câmara no ano que vem.
Porém, mais do que as disputas no Congresso, esse movimento abre caminho para o próprio Eduardo Campos nas próximas eleições. Como ele já não pode mais disputar o governo do Estado (já foi eleito duas vezes) ele tem dito que não disputará vaga no Estado (para o Senado ou deputado federal) e, assim, sobre a possibilidade de disputar a presidência da República ou a vice. O sonho dele é a presidência, mas pode ser que ele comece pela vaga de vice, assim, iria destronar o PMDB que hoje tem Michel Temer na vaga.
Muita gente no Congresso diz que se em 2014 o PT sair com Lula, e não com Dilma, a parceria de hoje na disputa por uma vaga no TCU pode se repetir, com Eduardo Campos compondo a chapa para a volta de Lula ao poder.
A propósito, Lula, Eduardo Campos e Michel Temer estavam juntos no Palácio do Jaburu quando saiu o resultado da indicação de Ana Arraes para a vaga no Tribunal de Contas da União.
Fonte: Os bastidores da política/Cristina Lôbo/G1
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