Mais de metade dos usuários de canetas emagrecedoras recupera ao menos parte do peso perdido um ano após interromper a medicação. A informação é de um novo estudo apresentado na Obesity Week 2025, em Atlanta, nos EUA.
Mais da metade dos usuários utilizava semaglutida, presente em medicamentos como Ozempic e Wegovy. Os demais tomavam liraglutida, conhecida pelo Saxenda, ou tirzepatida, do Mounjaro. Os dois primeiros são análogos de GLP-1, substâncias que reduzem o apetite ao induzir uma sensação de saciedade no cérebro. A tirzepatida tem ação dupla, atuando no GLP-1 e em outro hormônio ligado à saciedade chamado GIP.
Em média, os pacientes usaram as injeções por pouco mais de oito meses antes de interromper o uso. Todos os participantes tinham obesidade ou sobrepeso, com IMC médio de 39. Do total, mais da metade ainda utilizava o medicamento seis meses depois e 38% continuavam usando após um ano.
O estudo aponta que 58% dos usuários recuperaram peso após parar o tratamento. Esse reganho aumentou conforme o tempo de interrupção: 4,5% do peso corporal em três meses, quase 6% em seis meses e 7,5% ao completar um ano sem as injeções. A recuperação foi ainda maior entre aqueles que haviam emagrecido mais com ajuda das medicações.
Para John Apolzan, especialista em nutrição do Pennington Biomedical Research Center e moderador da sessão em que o estudo foi apresentado, a conclusão reforça a necessidade de continuidade do tratamento medicamentoso. Ele afirma que a interrupção pode trazer efeitos negativos e favorecer o retorno do peso a longo prazo. Segundo o especialista, assim como acontece com medicamentos usados para controlar a pressão arterial, a tendência é que o paciente permaneça em uso contínuo para manter os resultados.
Fonte: Blog Vitória
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