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quinta-feira, 18 de abril de 2024

ALIMENTOS PARA BEBÊ: EMPRESA ADICIONA AÇÚCAR A PRODUTOS EM PAÍSES POBRES, INCLUINDO O BRASIL. ESPECIALISTAS CRITICAM

Análise de ONG suíça identificou em média 3g de açúcar adicionado por porção no Mucilon, da Nestlé, embora a OMS e o Ministério da Saúde orientem contra o consumo antes dos 2 anos

Uma nova investigação da ONG suíça Public Eye, em colaboração com a Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar, analisou rótulos e amostras em laboratório de dois dos principais produtos direcionados a bebês e crianças da Nestlé, o Ninho e o Mucilon, e encontrou quantidades elevadas de açúcar adicionado entre as unidades vendidas em países de média e baixa renda, mas não naquelas comercializadas em nações como a Suíça, de onde é a empresa, e outras europeias.

Para a nutricionista Priscilla Primi, colunista do GLOBO, o relatório revela uma prática comum na indústria alimentícia infantil: — Não é um caso isolado. Tem muitas outras empresas que adicionam não só açúcar, mas gordura em fórmulas infantis. Multinacionais fazem isso nos países mais pobres exatamente porque eles têm uma legislação mais frouxa — afirma.

Divulgada nesta semana, a pesquisa envolveu 150 itens disponíveis nos principais mercados da Nestlé na África, na Ásia e na América Latina. Entre as unidades do Mucilon, cereal infantil líder de mercado indicado a partir dos 6 meses de idade, quase todos (94%) tinham adição de açúcar. Embora a prática não seja contra a lei, de acordo com a legislação da maioria dos países, como no Brasil, ela contraria as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O órgão é firme na defesa de que menores de dois anos não devem consumir açúcares livres, ou seja, nem aqueles adicionados pela indústria de alimentos ou pela pessoa em casa, nem os de produtos como mel, xaropes e néctares. O consumo do açúcar deve ser restrito ao presente em itens in natura, como o de frutas ou do leite (a lactose).

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Fonte: Bernardo Yoneshigue/O Globo

Foto: Freepik

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