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domingo, 12 de junho de 2022

O QUERIDO MAURICY, POR NAPOLEÃO VERAS

A partida de Mauricy, que acabo de receber a notícia, deixa desolada a sua grande legião de amigos, onde honrosamente me incluo.

Poucos foram tão solidários quanto o amigo. O interesse que o moveu sempre foi o coletivo, para além do individual. Se fosse possível comparar a vida de alguém a um gesto, eu diria que a dele tem o desenho e o calor de um abraço.

Como era terno o nosso amigo! Envolvente. Gregário. Simpático. Onde chegasse, se não dissesse palavra, mesmo assim havia de se perceber estar chegando alguém do bem, uma alma luminosa, cheia de empatia, bondade e de solidariedade.

A vida foi o seu altar. 

A celebração da vida, a festa que devia ser, a alegria contida em todos os seus momentos, parte dela criada e impulsionada por seu próprio espírito — amplo e suave.

Por isso nossa ‘baraúna’ permanecerá verde para sempre, entre nós e para as gerações futuras.

O seu povo querido, de quem foi abnegado servidor, levará consigo a memória do amigo solidário.

O ‘segura peão’ jamais será pronunciado nessas terras sem que imediatamente venha a imagem dele, que consagrou a expressão.

Foi o grande pai, o filho amado, o irmão do peito, o tio queridíssimo, o afetuoso amigo — pois todos os adjetivos de qualidade cabem abundantemente sobre quem nos deixa pranteados neste que deveria ser o mais alegre dos dias da semana.

Descanse em paz, meu amigo.

Sua missão na terra foi cumprida lindamente.

Meu abraço comovido,

Napoleão Veras

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