Carta do ministério diz ainda que retomada da economia depende da vacinação, em contraste com discurso de Bolsonaro; presidente insiste que infecção é 'mais eficaz' que vacina contra Covid
O Ministério da Saúde planeja pedir empréstimo de US$ 600 milhões (o equivalente a R$ 3 bilhões) ao Banco Mundial para comprar vacinas contra a Covid e, no projeto que elaborou para embasar o pedido de crédito, admite que a retomada da economia depende da vacinação, informa o Estadão.
O texto destoa do discurso de Jair Bolsonaro, que continua minimizando a estratégia de imunizar a população e dizendo —por exemplo, em sua live da última quinta, 17— que contaminação é “mais eficaz” que vacina contra Covid.
O documento da Saúde obtido pelo jornal paulistano é de 18 de junho. Ele prevê ainda a possibilidade de ter de ampliar o portfólio de vacinas compradas pela pasta e de produzir nacionalmente o IFA, Ingrediente Farmacêutico Ativo.
O projeto de empréstimo solicita “suporte aos esforços de vacinação do governo” durante um período de dois anos. Como ainda não se sabe quanto vai durar a imunidade induzida pelas vacinas, cientistas tem discutido a possibilidade de revacinar a população contra a Covid em 2021.
“Está claro que a maneira mais efetiva para minimizar riscos atuais e futuros de aumento na taxa de transmissão do vírus e para a retomada sustentada das atividades econômicas se dará através de uma rápida expansão da cobertura vacinal”, afirma a carta do ministério, que pede aceleração do financiamento em razão do “caráter crítico” da pandemia.
Fonte: O Antagonista
Foto: Adriano Machado/Crusoé
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