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sexta-feira, 19 de junho de 2020

CORONAVÍRUS: BRASIL COMEÇA FASE DE ESTABILIZAÇÃO DO NÚMERO DE MORTES

Do ponto de vista estatístico, o país pode estar chegando à celebrada estabilização de novos casos — mas é preciso muita prudência para evitar o passo atrás.

Embora o conjunto de estatísticas da Covid-19 no Brasil esteja longe de autorizar alívio, na casa de 1 milhão de casos e 50 000 mortes, um olhar mais detalhado das cifras permite um ensaio de otimismo: há estabilização. Análise dos dados do Ministério da Saúde feita por VEJA mostra que desde o fim de maio o país mantém uma média de 987 vítimas diárias. Na derradeira semana do mês passado e nas duas primeiras de junho, a expansão de infecções cresceu de 2% a 8%. A título de comparação, a menor taxa, antes dessa, tinha sido de 17% — e em alguns períodos de contagem houve um salto de mais de 90% (veja o quadro). Verificou-se, ainda, queda no índice de contágio pela terceira semana consecutiva. A taxa foi a 1,05, ou seja, cada 100 pessoas contaminadas transmitem o coronavírus para outras 105. É alto ainda, o ideal seria um patamar abaixo de 1, mas em abril estava na casa de terríveis 2,8.
Evidentemente, pode haver mudanças bruscas, mas é possível afirmar, com algum grau de segurança, que o platô está próximo. Platô, na definição científica, é o momento matemático que deflagra a retomada, com direito a gradual saída da quarentena, como está ocorrendo em diversos países do mundo. Não é hora, insista-se, de celebração, mas há oxigênio. O Brasil, de dimensões continentais, exige cuidado. Há a desmontagem de hospitais de campanha em Manaus, mas há também o preocupante esgotamento do sistema público de saúde em Natal. “A epidemia ainda é bastante grave no Brasil, mas certamente o aumento já não é tão exponencial e a situação se aproxima de um ponto de equilíbrio”, disse Michael Ryan, diretor de emergências da OMS, na quarta-feira 17.
O que poderia estar por trás dessa estabilização? Não há um único fator. Sabe-se, contudo, que o distanciamento social, mesmo parcial, foi fundamental. O uso de máscaras também contribuiu. A adequação aos distintos ritmos das diferentes regiões, e mesmo de cidades, colaborou, com a ampliação de leitos para os casos mais graves e o controle minucioso das autoridades de saúde de municípios e estados. A capilaridade do SUS desponta como ferramenta crucial. “Assim como a epidemia não atingiu todo o país ao mesmo tempo, a resposta a ela também não foi uniforme”, diz o epidemiologista Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, e coordenador de uma pesquisa sobre o avanço do surto no país.

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Fonte: Giulia Vidale/Veja
Foto: Pilar Olivares/Reuters

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