Os campi do IFRN, diante da pandemia Covid-19, têm buscado desenvolver ações e produtos que auxiliem os profissionais que estão na linha de frente ao enfrentamento. Enquanto o Campus Nova Cruz produz álcool em gel e sabão ecológico, o Campus São Gonçalo do Amarante iniciou produção de protetores faciais. Realizada através do Laboratório de Maquetes e Protótipos, do Campus, a ação acontece em parceria com o Departamento de Arquitetura da UFRN.
A produção dos equipamentos conta com a participação voluntária de servidores das duas instituições. Utilizando máquinas de impressão 3D, os protetores faciais serão doados a hospitais da rede pública de saúde para uso durante o atendimento aos pacientes. Os campi Pau dos Ferros e Santa Cruz também dão início à produção de máscaras através de impressoras 3D disponíveis nas suas unidades.
Expectativa
A expectativa do grupo de voluntários do Campus São Gonçalo do Amarante, que tem à frente os professores Verner Monteiro (vinculado ao IFRN e à UFRN) e Hélio Takashi (UFRN), é de que sejam fabricados 60 protetores faciais por semana: “em tempos de quarentena, mesmo afastado em dedicação exaustiva ao doutorado, sinto-me na obrigação de ajudar os guerreiros (profissionais da saúde) que estão na frente de batalha contra o coronavírus, trabalhando por toda a população. Eles merecem a nossa incessante ajuda e respeito”, disse o professor Verner. Para a produção, a equipe está aceitando ajuda, com doações de acetato de 20 ou 30 micras, formato A4 ou folha grande de 60 por 120 cm, por exemplo. “Estamos produzindo em casa, por isso as doações podem ser feitas em meu nome no endereço: Rua Ismael Pereira da Silva, 1540 – Capim Macio. Mais informações pelo e-mail verner.monteiro@ifrn.edu.br“, pontuou Verner.
Como funciona
O protetor é um dos itens que, associados aos óculos e à máscara, busca aumentar a segurança desses profissionais e minimizar a contaminação das equipes, bem como a manutenção do número do contingente necessário à atuação durante esse quadro emergencial. Ele é composto por uma armação que está sendo impressa utilizando filamentos plásticos, resistentes ao processo de desinfecção, uma folha de acetato transparente e um elástico para sustentação. Os três primeiros modelos já foram entregues ao médico Ricardo Guedes, que atua no Hospital José Pedro Bezerra (conhecido como Hospital Santa Catarina), em Natal.
Pau dos Ferros e Santa Cruz
“Os suportes das máscaras estão sendo feitos na impressora 3D do Campus, usando o recurso material que temos aqui. São poucas unidades, por termos apenas uma impressora, e ela faz duas peças a cada 2 horas, além de o Campus dispor de pouco material pra confecção. Mesmo assim, enquanto tiver como, estarei produzindo. Acho que é uma forma que encontramos de ajudar.” Esse é o depoimento de Edson Pereira, assistente em Administração do Campus Santa Cruz.
O servidor, que está em isolamento social, tem ido ao Campus para produzir os suportes: “estou vindo aqui para conduzir o início das novas impressões e retirar as já impressas”, disse. O material produzido até agora foi distribuído em dois hospitais da cidade, o Hospital Regional e o Hospital Ana Bezerra. As máscaras, chamadas Faceshields, são aquelas que protegem os usuários de respingos de saliva e/ou secreções.
Em Pau do Ferros, além de o grupo de professores de Informática ter se envolvido em um projeto de produção de máscaras faciais, a equipe do Campus verificou a existência de outros materiais de proteção individual no almoxarifado da unidade. Essenciais neste momento às unidades de saúde, com a determinação de trabalho não presencial por parte do IFRN, a equipe constatou que o material poderá ser doado. “Nesta terça (31), vamos fazer uma doação para o Hospital Regional Doutor Cleodon Carlos de Andrade. Estamos organizando os ofícios para encaminhar essa ação”, disse a diretora do Campus, Antônia Silva.
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