O deputado estadual Dr. Bernardo, em seu pronunciamento na Assembleia Legislativa no dia de hoje, fez uma ampla explanação, sobre a segurança pública do estado do Rio Grande do Norte.
O parlamentar frisou de forma incisiva, que o setor passa por dificuldades extremas, e mesmo com R$ 120.000.000,00 para investimento, sendo R$ 80.000.000,00 do governo federal e R$ 40.000.000,00 de emendas parlamentares. Recursos que são para investimentos, e vemos que muitas e muitas vezes, falta dinheiro até para a alimentação e combustível, que mostra uma situação calamitosa.
É estranho ver, que na segurança pública do RN, onde deveria haver maior integração das nossas forças de segurança, com todos os setores da sociedade, entretanto, somente um segmento está funcionando muito bem, que é o trânsito.
Somos inúmeras vezes questionados do por que de tantas blitzes. Certo dia, em jardim de Piranhas, algumas pessoas questionaram, para que blitzes, para apreender motos e carros que tenham débitos com o estado, quando as estradas não oferecem nenhuma condição de trafegar em segurança. Entre Jardim de Piranhas para Caicó, o asfalto mais parece uma "tábua de pirulito". O estado deve tomar providências, tendo em vista que se cobra algo, onde não se oferece o retorno devido. Onde está a saúde de qualidade, estradas em perfeito estado, para que os potiguares possam transitar sem tantos problemas?
E este dever do estado, passa evidentemente pelo direito que o cidadão tem, em ter uma polícia militar e civil, que possa trabalhar melhor. A PM, por exemplo, tem um déficit tremendo. Antes, com as diárias operacionais, estava sendo resolvidas. Mas municípios, cito alguns, Messias Targino, Janduís, Rafael Godeiro, Almino Afonso, com um, dois ou no máximo três policiais de plantão, e que com a escala, muitas e muitas vezes, somente um policial fica em serviço, para suprir as necessidades de uma população inteira. A falta de recurso para estas diárias, tem em muito prejudicado a segurança de todos os potiguares. Não falta dinheiro para pagar diárias operacionais para o CPTRAN, sair por cidades pequeninas, fazendo operações não educativas, e sim, "tomando" motos atrasadas de pessoas que, mesmo tendo o prazo para regularizar, ainda não puderam. Aplaudo as fiscalizações. Deve-se mesmo fiscalizar, mas por que não utilizar policiais, para oferecer uma segurança melhor aos cidadãos, ao invés de um policiamento mais ostensivo.
A prova da falta de segurança, são inúmeras, mas me reporto a uma questão ocorrida este final de semana passado, quando oito pessoas foram assassinadas naquela cidade. Outro fato que em muito me chocou e angustiou muitos cidadãos, mães e principalmente pais, quando uma criança de 13 anos de idade, com R$ 10,00 que conseguiu juntar, saiu para comprar um presente, um boné, para seu pai, como presente do dia dos pais, e foi infelizmente foi morta no trajeto.
O ITEP é outro órgão que merece maior atenção do governo do estado. Uma família teve que aguardar, entre ontem e hoje pela manhã, durante 18 horas para a liberação do corpo de um ente querido. Tinha uma médica de plantão no ITEP, mas não foi possível fazer a necrópsia, por que faltava luminosidade, a sala era escura e não tinha como fazer o citado exame e liberar o corpo. O quanto foi angustiante para esta família, saber que naquele órgão estadual, tinha uma pessoa que havia morrido, mas por falta de boa iluminação no local adequado, não havia possibilidade da profissional trabalhar.
Encerro minhas palavras, afirmando que a polícia de trânsito deve continuar seu trabalho de fiscalização, mas é imprescindível, que os demais segmentos como, estradas, educação, e demais outros, também tenham seu funcionamento posto em prática com a mesma determinação.
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