RNPOLITICAEMDIA2012.BLOGSPOT.COM

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

"FOI O PIOR JÚRI DA MINHA VIDA": ADVOGADA AJUDOU A CONDENAR ASSASSINO DE MARIDO E FILHO.

Elizabeth Diniz Martins foi assistente de acusação em julgamento de responsável por mortes de seus familiares em setembro de 2016.

A advogada Elizabeth Diniz Martins atuou em diversos casos ao longo dos 50 anos de carreira, entre eles a defesa de presos políticos durante a ditadura militar. "Em um dos julgamentos, havia uma metralhadora encostada em mim", relembra. Também atuou na defesa do hoje presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ajudou a inocentá-lo em um processo que ele respondia na Justiça Militar no fim da década de 1980.
Mas os casos do passado não se comparam ao júri popular do qual a advogada participou como assistente de acusação - função na qual auxilia o promotor de Justiça - no último dia 6. Aos 77 anos, Elizabeth se viu em meio ao julgamento mais difícil de sua vida: o do assassino confesso do marido e do filho caçula dela.
Os procuradores estaduais Saint-Clair Martins e Saint-Clair Diniz, respectivamente pai e filho, foram mortos a tiros em setembro de 2016. Os dois estavam em uma fazenda deles, no município mato-grossense de Vila Rica, a 1.276 km de Cuiabá, quando foram alvos de disparos feitos por um funcionário da família.
Ao ser preso, dias depois do crime, o então gerente da fazenda, José Bonfim Alves, confessou os assassinatos à polícia.
Logo que os trâmites jurídicos do caso tiveram início, Elizabeth, ainda abalada, avisou que faria parte da acusação. A decisão da advogada preocupou amigos e parentes. "Muitas pessoas se ofereceram para que fossem assistentes de acusação em meu lugar, por achar que eu não conseguiria. Mas eu disse que precisava fazer aquilo, porque era o meu papel naquele momento", conta Elizabeth à BBC News Brasil. Uma pessoa interessada em que a justiça seja feita pode ser habilitar como assistente de acusação e a Justiça define se acolhe ou não o pedido.
Enquanto analisava o processo, ela se emocionava com frequência. "Eu sempre procurava pensar que era outro cliente. Mas quando chegava a algum trecho que mencionava os nomes deles, eu não aguentava e chorava", diz. Ela lia os documentos da ação judicial sozinha, para que os parentes não a vissem chorar. "Fazia isso sempre durante a noite, em casa, quando ninguém estava por perto."
LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Vinícius lemos - BBC News Brasil/Época
Foto: Divulgação

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.