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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

TEMER DIZ QUE GOVERNO FAZ "EM 15, 16, 17 MESES O QUE NÃO FOI FEITO EM 20 ANOS".

Presidente afirma que nova meta de déficit fiscal evita aumento de impostos.

O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira que a revisão da meta de déficit fiscal, que subiu para R$ 159 bilhões em 2017 e 2018, vai contribuir para que o governo não aumente os impostos, possibilidade que era analisada pela equipe econômica até semana passada. Em encontro com investidores e executivos do mercado financeiro patrocinado pelo banco Santander, em São Paulo, Temer defendeu as reformas, disse que seu governo está fazendo em “15 meses o que não foi feito em 20 anos” e criticou a oposição que, em suas palavras, “não discute conteúdo nem o mérito” de suas medidas.
— Agora o Brasil tem rumo. E é essa pressa que move governo de apenas 15 meses, com mais 15, 16 pela frente. Estamos fazendo em 17 meses o que em 20 anos não se fez.
Na semana passada, também em visita a São Paulo, o presidente havia confirmado que a equipe econômica estudava aumentar o Imposto de Renda. Nesta quarta-feira, após dizer que não se considera um político populista, anunciou que não mexerá no assunto. O compromisso é possível porque, segundo Temer, além da revisão da meta de déficit, o governo anunciou o corte de 60 mil cargos do serviço público e adiou o reajuste de servidores por um ano.
— Até duas semanas se falava em aumento de imposto. E confesso que sempre tive certa resistência para tanto, salvo se for indispensável. E nessas conversações todas, não teremos aumentos de impostos, o que é importante para manter compromisso com trajetória de recuperação das contas públicas — afirmou o presidente.
No dia seguinte à revelação de que uma assessora da primeira-dama Marcela Temer, responsável pela rouparia, ganhou apartamento funcional, Temer falou mais de uma vez sobre cortar benefícios e privilégios de servidores públicos. Para o presidente, o governo está empenhado em acabar com benefícios recebidos por funcionários públicos que, somados aos salários, ultrapassam o teto, que é a remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Uma proposta de emenda à constituição (PEC) para deixar claro que os benefícios também fazem parte do salário:
— O jeitinho brasileiro vai encontrando penduricalhos para ultrapassar o teto. Isso é que está sendo combatido. Se não fizermos isso por agora, vai se verificar que, em alguns anos, o Orçamento só servirá para arcar vencimento de servidor e Previdência.
No meio das referências às reformas, Temer criticou o papel da oposição no debate político. Como exemplo, citou a reforma do Ensino Médio, que provocou a ocupação de centenas de escolas em todo o País, mas, mesmo assim, foi aprovada.
— Esse é um dos grandes defeitos da cultura política. Em vez de fazer propostas, opõem-se ferozmente, como ocorreu com a PEC dos gastos públicos, chamada até de PEC da Morte. Eles não examinam mérito, não discutem conteúdo, fazem apenas objeção política.
Ao final da sua apresentação, Temer convidou a plateia a deixar o auditório com "a almas incendiadas" e espalhar por "cantos e recantos" os feitos do seu governo e as propostas de reforma da Previdência, simplificação tributária e a reforma política.
— A indústria está começando a tomar seu ritmo. É provável que cheguemos a 7,5% da taxa Selic até o fim do ano. Não seria demais pedir para setores do PIB brasileiro que fizessem publicações sobre a importância das reformas.
O presidente não respondeu às perguntas da imprensa.

Fonte: Tiago Dantas/O Globo

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