Aproximadamente 300 cervos exóticos estão sendo sacrificados no parque Pampas Safari, em Gravataí, no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada em conjunto pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Ministério Público Federal e Secretaria Estadual da Agricultura. O argumento é um surto de tuberculose entre os animais considerado fora de controle. O parque iniciou os abates na última semana em atenção ao pedido feito pelas entidades em julho. Ao UO, o Ibama afirmou que o parque precisou fechar suas portas em 2016 justamente em razão do surto. "O sacrifício agora é necessário porque deixou de ser uma questão ambiental e agora é sanitária", informou a assessoria de imprensa.
De acordo com o instituto, "dois tratadores foram contaminados e estão em tratamento e outros animais começam a ser contaminados também". Mas para a ex-secretária municipal dos Direitos Animais de Porto Alegre, Regina Becker, os órgãos responsáveis pela decisão "desconsideram a vida animal e a possibilidade destes serem tratados". [ x ] Em uma postagem em uma rede social na terça-feira (22), a ex-secretária afirma que recebeu detalhes sobre o abate por meio de um médico veterinário, que justificou os procedimentos respaldado em orientações técnicas. "A prática da eutanásia está sendo executada em lotes, através do dito 'abate humanitário', o que, em verdade, consiste em nada menos que um disparo de pistola pneumática." Regina promete pedir aos órgãos judiciais a íntegra do processo "para analisar criteriosamente os laudos, exames, autuações e todos os demais dados que resultaram na decisão de morte de centenas de animais". O Ibama nega as acusações. O instituto pretende ajudar o Pampas Safari, que é privado, a distribuir os animais saudáveis para outros parques, inclusive públicos. "O proprietário não tem mais interesse em manter o parque e pediu providências para com os animais."
Fonte: Wanderley Preite Sobrinho/UOL
Foto: Pampas Safari/Divulgação
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