Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), um ex-procurador-geral de Justiça do Rio e uma ex-defensora pública geral de Pernambuco aparecem na lista dos 8.667 brasileiros ligados a contas numeradas (sigilosas) abertas no HSBC da Suíça. O levantamento foi feito pelo GLOBO, em parceria com o UOL, nos documentos vazados em 2008 pelo ex-técnico de informática da instituição, Hervé Falciani. Procurados pela reportagem, todos os citados negaram ter conta.
Dois desembargadores do TJ-SP surgem nos documentos do banco de Genebra. O primeiro é Jayme Queiroz Lopes Filho, da 36ª Câmara de Direito Privado. Segundo os registros do HSBC, ele está ligado a duas contas numeradas. Uma foi aberta em janeiro de 1997 e fechada dois anos depois. A outra surgiu em outubro de 1998 e ainda permanecia ativa em 2006 e 2007, com um saldo total de US$ 131,1 mil.
O segundo desembargador do TJ-SP é Paulo Eduardo Razuk, da 1ª Câmara de Direito Privado. De acordo com as planilhas do HSBC suíço, ele aparece ligado a uma conta aberta em novembro de 1994 e fechada em março de 2004. Em 2006/2007, seu saldo estava zerado.
Há na lista um desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo: Ney de Mello Almada, que hoje atua como advogado. A conta vinculada a seu nome na agência suíça do HSBC foi aberta em maio de 1992 e permanecia ativa entre os anos de 2006 e 2007, com um saldo total de US$ 263.922.
Carlos Antonio da Silva Navega, que foi procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro entre 1987 a 1991, aparece atrelado a três contas. Em 2006/2007, todas estavam zeradas.
Também está na listagem do HSBC a ex-defensora pública geral de Pernambuco Marta Maria de Brito Alves Freire. Ela comandou a instituição de 2010 a 2014. A conta vinculada a seu nome é conjunta com seu marido, o advogado Marcos Freire Filho, e foi aberta em 29 de outubro de 1996. Em 2006/2007, o saldo era de US$ 1,016 milhão.
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Fonte: http://oglobo.globo.com/
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