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quinta-feira, 30 de abril de 2015

PETISTAS HISTÓRICOS BRIGAM POR CANDIDATURA EM 2016.

A um ano e meio das eleições municipais, o PT na Bahia enfrenta um embate interno que pode ampliar o desgaste que o partido vem sofrendo pelos sucessivos escândalos. Petistas históricos ameaçam sair da legenda, caso prevaleça a orientação do Diretório Estadual de manter o apoio, no próximo pleito, a aliados que já estejam no comando das prefeituras.
Entre os que discordam da orientação partidária estão o ex-deputado federal e ex-prefeito de Itabuna Geraldo Simões; o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Irecê Zé das Virgens; e o deputado federal Luiz Caetano, que foi prefeito de Camaçari. Os três têm pretensões de disputar, outra vez, as respectivas prefeituras.
Sem esconder a irritação, Geraldo Simões disse ser inadmissível que o PT não tenha candidato em Itabuna em 2016 e ser obrigado a apoiar o prefeito da cidade, por conta dos acordos da política de alianças.
O atual prefeito de Itabuna, no sul baiano, é Claudevane Leite, do PRB, que deu apoio à eleição do governador Rui Costa (PT) e à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
"Se a tese de reciprocidade prevalecer, arrebenta o PT na Bahia. O partido estará liquidado", adverte Simões, pontuando que das 352 prefeituras que apoiaram Rui e Dilma no ano passado, o PT só está à frente de 92.
No partido há 35 anos, Simões defende que o PT mantenha a tradição de deixar os diretórios municipais decidirem se terão ou não candidatura própria "É o momento, quando petistas são presos e a nossa imagem afetada, de o PT ter o máximo de candidatos para afirmar e defender o partido".
Indagado como ficará se não tiver êxito, respondeu: "Vou fazer uma reflexão para saber o caminho que vou seguir. Estou aguardando posição do partido em relação a isso", disse Simões, confirmando ter recebido convite do PMDB e PSB.
Prévias
Também sondado pelo PMDB, o deputado Luiz Caetano afirma estar descontente com os rumos do PT na Bahia. Rompido com o atual prefeito de Camaçari e sucessor, o também petista Ademar Delgado, Caetano avisa que seu grupo está se organizando para ter prévias no município.
"Não concordo com o governo do prefeito, a sua forma de gestão. Não é questão pessoal, é política. Minha posição é ter condições para discutir a próxima eleição com as bases no município ", defende o parlamentar.
Avaliando que o cenário não está bom para o Partido dos Trabalhadores, daí sugerir que o partido marque posição nas próximas eleições, Caetano pediu "equilíbrio" ao diretório estadual e condenou imposições.
"Acho que a executiva regional do PT tem que ter calma, abrir o debate, conversar, ser fraterno com todo mundo, para tomar uma posição sobre 2016", afirmou Caetano
Para o ex-prefeito de Irecê, Zé das Virgens, até dá para apoiar aliado de partido que ajudou a eleger Rui e Dilma. Mas ser obrigado a apoiar quem foi atraído para a base depois da eleição é demais.
Este, segundo o petista, é o caso de Irecê, município governada por Luizinho Sobral, do PTN, que até pouco tempo era aliado do DEM. "Fizeram este arranjo por conta de Salvador, e nós fomos no bagageiro", disse ele sobre a estratégia do governo de atrair o PTN para sua base com o intuito de enfraquecer politicamente o prefeito ACM Neto (DEM).
"Sou nome natural do PT a prefeito de Irecê e não aceito ser vetado pelo diretório regional de disputar a eleição", avisou Zé das Virgens, que também tem conversado com o PMDB.
Para o petista, não é porque o PTN aderiu ao governo de Rui Costa que haverá alinhamento eleitoral automático. Ele considera um "retrocesso" o PT apoiar a reeleição de Luizinho Sobral.
Minoritários
Presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação disse que a eleição 2016 ainda está em discussão no partido, que não se está impondo resolução a ninguém, e que acredita no bom senso dos três petistas históricos.
Segundo ele, os presidentes de diretórios municipais participaram e apoiaram a resolução, que dá preferência ao partido que está no comando da prefeitura disputar o próximo pleito.
"Os posicionamentos dessas lideranças são legítimos, mas o que não pode é pôr em risco a derrota do projeto (de governo do PT), que está acima das visões individuais e minoritárias", entende o dirigente petista.

Fonte: Patrícia França/http://atarde.uol.com.br/

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